O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff não desanimou o Movimento Brasil Livre em continuar se mobilizando país afora em defesa de algumas causas. Entre elas, duras críticas aos parlamentares que, mesmo em tempos de crise, aprovaram uma medida que aumenta os próprios salários. Foi o que ocorreu, essa semana, em Cuiabá (MT).
Lucas Bellinello, um dos líderes do MBL-MT e ligado ao Instituto Liberal de Mato Grosso, comentou ao Boletim o que aconteceu. “Magicamente, os vereadores de Cuiabá se reuniram na última semana para trabalhar. Como isso é surreal nessa época do ano para eles, é lógico que a gente poderia esperar coisa ruim. Eles iriam votar no aumento dos próprios salários e do prefeito”, disse.
Como reação, os militantes do MBL começaram a se articular na internet visando conscientizar a população cuiabana sobre o que estava prestes a acontecer de maneira sorrateira. Segundo ele, essa mobilização ajudou muitos cuiabanos a se revoltarem contra a iniciativa e estimulou-os a pressionarem contra a medida.
O aumento salarial e das verbas indenizatórias aprovado pela Câmara Municipal, porém, ainda precisarão ser sancionados pelo prefeito. O Ministério Público Estadual, por sua vez, já se manifestou contrário à iniciativa. Segundo o portal Mídia News, o promotor de Justiça Roberto Turin expediu ao presidente da Câmara notificação para que revogue a lei aprovada e orientou ao prefeito Mauro Mendes (PSB) para que não sancione a lei, sob risco de contestação judicial futura.