Aprovadas as medidas “anti-Uber” pela Câmara dos Deputados na tarde da última terça-feira (4), restará ao projeto passar por votação no Senado Federal e, se vitorioso, ir para sanção ou veto do presidente da república. Sem regulação federal, porém, a luta pelo direito de uso dos aplicativos de transporte privado serviu para mobilizar e mostrar força dos diversos grupos pró-Liberdade espalhados pelo país.
Recentemente, por exemplo, um vereador de Cuiabá, no Mato Grosso, influenciado por movimentos locais, em plenário defendeu a não-regulamentação do aplicativo e a menor regulamentação de outros setores da economia. “Imagine só se eu tiver que regulamentar os mil carros do Uber que andarem na cidade? Imagina quantos servidores eu vou precisar na secretaria de mobilidade urbana?”, questionou Felipe Wellaton (PV). O MBL-MT admite ter ajudado nesse posicionamento.
Neste Boletim, também noticiou-se em fevereiro a mobilização em defesa do Uber por membros do Students for Liberty Brasil do Amazonas. O coordenador do SFL Julio Lins organizou à época um grupo de ativistas chamado “Queremos Uber em Manaus” que tinha como objetivo pressionar a prefeitura e os vereadores pela não-proibição do aplicativo, que estava prestes a chegar na cidade. Casos semelhantes ocorreram Brasil afora.
Nas eleições do ano passado, inúmeros candidatos alinhados com as ideias da Liberdade também defenderam abertamente o direito ao Uber. Pedro Duarte Jr., do Rio de Janeiro, então candidato pelo PSDB, disse que se eleito votaria contra todas as medidas que visassem limitar o Uber e aplicativos similares. Ele chegou na época a aproveitar o tema para falar da importância da economia compartilhada.