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Personalidades e instituições reagem à “greve geral” marcada pelos sindicatos

Greve e manifestações convocadas por centrais sindicais tiveram baixa adesão; personalidades e instituições repercutiram o fato com críticas e até ironias

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Ônibus queimando na Cinelândia (Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo)
Ônibus queimando na Cinelândia (Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo)

Entidades sindicais e movimentos sociais articulavam para a sexta-feira, 28/04, uma greve nacional, em protesto contra a Reforma Trabalhista e outras medidas desejadas pelo governo Temer. Cenas de violência, agressões bárbaras em estações de meios de transporte e veículos incendiados foram transmitidas pelas emissoras de televisão de todo o Brasil.

Este Boletim, que já havia reunido opiniões de personalidades e instituições ligadas ao pensamento liberal  sobre a reforma em si e a abolição do imposto sindical, coletou para hoje as apreciações formuladas sobre o resultado da greve. Alguns se limitaram a continuar comentando sobre o mérito da questão em si – isto é, a própria reforma -, enquanto outros chegaram a usar de ironia e sarcasmo. Confira a seguir:

Rodrigo Constantino, economista e blogueiro da Gazeta do Povo

“Diante desse quadro desolador, de desespero para milhões de brasileiros que querem trabalhar e não conseguem, o que faz o Partido dos Trabalhadores? Organiza uma “greve geral” com seus braços CUT e MST para impedir o trabalho de quem tem emprego e as reformas trabalhistas, que podem melhorar a vida de todos, principalmente dos desempregados. Usa violência e táticas fascistas para atormentar a vida de quem produz riquezas para o país, de olho em seus interesses políticos, para defender Lula das investigações da Lava Jato.”

Geanluca Lorenzon, ex-diretor do Instituto Mises Brasil

“Tentaram bloquear a saída de João Dória de sua casa hoje pela manhã. Mas ele acorda cedo. Os grevistas não.”

Instituto Liberal do Centro-Oeste

“A greve ‘geral’ é uma farsa. Militantes de esquerda incendeiam as vias de Brasília para impedir o povo de chegar ao trabalho. É uma minoria que deseja manter os privilégios dos sindicatos para preservar os cabos eleitorais do Partido dos Trabalhadores.”

Instituto Liberal de São Paulo

“Os ‘direitos’ trabalhistas são uma mentira repetida milhares de vezes por toda sorte de beneficiados com o assalto dos trabalhadores pelo estado (sindicatos, juízes trabalhistas, ‘intelectuais’, entre outros). A única coisa que tais ‘direitos’ fazem é roubar o dinheiro do bolso do trabalhador para entregar ao estado, onde ele rende juros ridículos (FGTS), é usado para financiar empreiteiras amigas do governo (FGTS), sustenta um sistema de pirâmide financeira que irá falir (INSS), impede o trabalhador de receber um pouco mais do seu salário por mês (13° salário) e outras aberrações previstas na CLT criada pelo ditador fascista Getúlio Vargas e remendada com mais “direitos” ao longo dos anos. O verdadeiro direto do trabalhador é ficar com o valor bruto de seu salário no próprio bolso. A reforma trabalhista, apesar de não acabar com tais “direitos”, é um avanço ao propiciar mais liberdade para empregados e empregadores, o que irá aumentar a geração de empregos. Aqueles contra a reforma trabalhista são contra os trabalhadores.”

Ivanildo Santos Terceiro, diretor de comunicação do Students For Liberty Brazil

“Roberto Campos costumava falar que o Brasil tem idólatras do fracasso. Gente que ama copiar tudo que há de errado no mundo e lutar para que nada que deu certo chegue por essas bandas. Em 94, protestavam contra o Plano Real. As palavras de ordem na época eram ‘FHC, seu salafrário, fez esse plano pra roubar o meu salário’ e ‘Fernandinho, vai se dar mal, o trabalhador vai derrotar o Plano Real’. Fizeram coro contra as privatizações. Diziam que a empresa privatizada iria demitir funcionários e cortar benefícios para aumentar seus lucros. Hoje, a Vale, por exemplo, emprega 5x mais funcionários do que quando estatal, e chegou a pagar cinco salários extra em um único ano a título de participação nos lucros. Também rugiram contra a responsabilidade fiscal. Afirmam que gastar menos do que se arrecada trava o crescimento e prejudica o trabalhador. Essa ideia foi aplicada entre 2009 e 2014 e o resultado está aí para quem quiser tirar a prova: a pior crise da nossa história. (…) O grande problema dos protestos, desde aquela época, é que eles são, em seu sentido mais estreito, reacionários. A luta não é por mudanças, mas uma defesa apaixonada do status quo. Nem quando a batalha foi contra a inflação, o pior imposto sobre os pobres que pode existir, eles cederam. A ideia sempre é deixar tudo do jeito que está como se o brasileiro mantivesse o padrão de vida de um americano. Eu sou contra a Reforma da Previdência e Trabalhista. A primeira é um arremedo que mantém um sem número de privilégios. Não acredito em direito adquirido a espoliação do povo, aposentadoria de 50 mil reais tem que ser revista, e o trabalhador deve ter o direito de não entrar nessa pirâmide. A segunda é simplesmente tímida. No geral, transformou em lei coisas que já ocorrem com a a anuência da Justiça do Trabalho, como o trabalho intermitente e a jornada 12×36. Qualquer um que viesse da Inglaterra, EUA, Singapura, Nova Zelândia, etc e se deparasse com nossa legislação sairia correndo; o trabalhador só recebe metade do que lhe é pago, o resto vai para o governo.”

Marcelo Faria, presidente do Instituto Liberal de São Paulo

“O IBGE divulgou hoje os novos dados do desemprego no país. Agora temos 14,2 milhões de pessoas que procuram emprego, mas não conseguem trabalhar. Dessa forma, lanço aqui a campanha EMPREGO GERAL: – Se você possui um funcionário que deixou de trabalhar hoje em apoio aos sindicatos, demita-o e contrate alguém que deseja realmente trabalhar;– Se você tem um fornecedor que parou hoje em apoio aos sindicatos, deixe de comprar dele e passe a comprar de um que goste de trabalhar; – Se o seu filho(a) estuda numa escola que deixou de funcionar hoje para apoiar gente que vive de imposto sindical, escolha outra escola onde os professores estejam preocupados em ensinar e não em fazer pregação política; – Faça pressão junto ao político da sua cidade / estado para que ele privatize operações de trens e metrôs, reduzindo a chance de que elas parem ao bel prazer de sindicatos, e que abram o setor de transportes aos aplicativos e à livre concorrência de ônibus, evitando que o transporte de milhões de brasileiros seja prejudicado por um punhado de filiados partidários. Dessa forma, poderemos gerar empregos para aqueles que realmente querem trabalhar, deixando aqueles que não gostam em “greve geral” pelo tempo que desejarem.

Partido NOVO

“Comentário de Merval Pereira resume bem. O saldo da pretensa #GreveGeral foi o esperado: baixa adesão popular espontânea e paralisação do cotidiano comum “na marra”, com bloqueio de vias e outros métodos violentos. O transtorno causado foi maior para os trabalhadores do que para “o patrão”. Definitivamente, os tons de vermelho não têm representado os interesses e aspirações da população. Ela percebe que, se ainda estamos longe de mudanças ideais, deixar as coisas como estão — ou mesmo avançar o poder do Estado de regular nossas vidas — tampouco é um caminho melhor.”

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