Neste momento, a corrente renovadora do Partido Social Liberal, o Livres, é o único grupo de maior expressão que convoca manifestações pedindo a renúncia de Temer. Em sua página principal no Facebook, o Livres sustenta: “Nós fomos às ruas contra Dilma. Iremos às ruas contra Temer. E faremos o mesmo contra corruptos de qualquer partido. É isso o que se espera de quem realmente não tem bandidos de estimação”. Sobre os áudios de Joesley e Temer, o Livres os considera uma prova de que o presidente “é, no mínimo, cúmplice da obstrução da justiça”, pois deveria ter denunciado Joesley na sequência.
Diante disso, o Livres marcou para este domingo, dia 21, protestos em São Paulo e no Rio Grande do Sul – respectivamente na Avenida Paulista, às 11h, e no Parcão, às 15h. A notícia relativa ao manifesto gaúcho foi divulgada em coluna do jornal Zero Hora. O texto da matéria diz ainda que o presidente estadual do PSL, “Fabio Ostermann, classificou como vergonhoso o recuo do MBL, entidade da qual foi um dos fundadores”.
O Movimento Brasil Livre, de fato, havia anunciado seu endosso ao pedido de renúncia de Michel Temer logo após a publicação da notícia relativa aos áudios na coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo. Porém, após a divulgação dos áudios, o movimento entendeu que “o país foi levado a erro por uma matéria sensacionalista” e “ainda há de se investigar mais a fundo algumas partes, mas não era tudo que foi alardeado”. O outro maior movimento conhecido pelos protestos contra Dilma, o Vem Pra Rua, havia marcado uma manifestação como a do Livres, mas adiou alegando razões de segurança. Já o Partido Novo se limitou a defender a renúncia “caso comprovadas as acusações envolvendo o presidente”.