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Pedro Duarte, do Renova PSDB, avalia posição do partido na crise brasileira

Entrevistado sobre a situação atual do Brasil, o jovem tucano do Rio aborda a crise do governo Temer e as acusações contra o senador Aécio Neves

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Reunião do Renova PSDB; Pedro Duarte Jr. abaixo, de camisa amarela (Foto: Reprodução / Facebook)
Reunião do Renova PSDB; Pedro Duarte Jr. abaixo, de camisa amarela (Foto: Reprodução / Facebook)

O turbilhão político que se processa no Brasil atinge em cheio o Partido da Social Democracia Brasileira, uma das principais forças políticas das últimas décadas. As polêmicas delações da empresa JBS incluem um abalo no governo de Michel Temer, hoje apoiado pelo PSDB, e o senador Aécio Neves, até então o presidente nacional do partido e último candidato à presidência lançado pela legenda.

Tendo sido a opção de muitos liberais e conservadores no Brasil durante as últimas disputas, o PSDB tem hoje figuras que são encaradas como opções mais liberais, como os prefeitos João Doria, de São Paulo, e Nelson Marchezan, de Porto Alegre. Surgiu também um movimento interno no partido, o Renova PSDB, que tem o propósito deliberado de direcionar o partido para esse rumo ideológico. O que o Renova PSDB tem a dizer sobre a crise atual?

O que diz um líder do Renova PSDB

O Boletim conversou com Pedro Duarte Jr., ex-membro do Estudantes pela Liberdade e uma das lideranças do movimento Renova PSDB. Perguntado sobre as declarações de Temer, Pedro considerou que os pronunciamentos do presidente foram bons, mas “não devemos isentá-lo do que abstraímos de seus áudios”, pois um presidente não pode “conversar com um empresário (…) da forma como foi”. Ele enxerga na conversa entre Temer e Joesley Batista, dono da JBS, “tráfico de influência, nos pedidos realizados por Joesley, e prevaricação, quanto à inércia do Presidente em relação ao que o delator fala sobre sua tentativa de intervenção na força-tarefa da Lava Jato”.

A grande questão para o PSDB, porém, é Aécio Neves. Para Pedro, as declarações do tucano mineiro são “risíveis” e as provas “são muito convincentes e suficientes para que ele seja afastado da presidência do partido” (o que já aconteceu), seja “expulso e responda à Justiça pelos seus atos”. Interrogado sobre o efeito disso sobre a legenda como um todo, admitiu que “há um desgaste”, mas o partido pode ser inteligente e fazer surgir da crise a oportunidade.

“O PSDB pode reagir energicamente e mostrar à população que não é igual ao PT (e outros partidos) no tratamento dos escândalos de seus membros. O rápido afastamento de Aécio da presidência do partido foi um bom sinal, inicial”. Duarte também destaca o pedido de expulsão protocolizado junto ao Conselho de Ética e a ausência de gritos ou discursos em defesa de Aécio. Porém, depois da realização da entrevista, a página nacional do PSDB no Facebook replicou, sob o título “O crime da calúnia”, artigo de Aécio Neves na Folha de São Paulo discursando em sua própria defesa.

“O PSDB foi o partido que mais cresceu nas eleições de 2016”, sustentou Duarte, “mostrando que a população escolheu o 45 em resposta ao petismo”. O partido seria ainda “o grande defensor e fiador das reformas essenciais ao país: a trabalhista, previdenciária e tributária. Muitos dos quadros técnicos que hoje despontam com a marca da seriedade e competência no governo Temer são diretamente ligados ao PSDB, como Pedro Parente (na Petrobras), Elena Landau (na Eletrobrás) e boa parte da equipe econômica”. E concluiu: “Esses escândalos afastam da política os nomes que nela nunca deveriam ter entrado, dando espaços aos mais novos e corretos. Cabe a nós ocupar esse espaço e influenciar cada vez mais o PSDB no caminho da liberdade”.

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