O Movimento Brasil Livre decidiu inserir em seu rol de pautas o debate sobre segurança pública. Pedindo o fim da impunidade, o MBL lançou vídeos nessa segunda-feira (19) convocando seus seguidores a apoiarem o projeto de lei 3174/2015, já em tramitação na Câmara dos Deputados, que endurece o cumprimento das penas no Brasil.
Se for aprovado, o condenado terá que cumprir no mínimo dois terços da pena e se submeter a uma avaliação para ter direito à progressão ao regime aberto. Caso tenha sido condenado por crime hediondo, o preso terá de cumprir no mínimo quatro quintos da pena – atualmente, é de um sexto, de acordo com o site Congresso em Foco. A medida também estabelece o fim do regime semiaberto.
Em vídeo com o título “Lugar de vagabundo é na cadeia”, o ativista Kim Kataguiri, coordenador nacional do MBL, explica que o projeto já encontra-se pronto para ser votado, dependendo agora apenas da assinatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
De olho em 2018
Com a ambição de eleger mais parlamentares no ano que vem, essa nova bandeira temática poderá também projetar novas lideranças do movimento.
Recém-filiado ao PSL/Livres, o ex-líder do NOVO Roberto Motta, que tem na segurança pública uma de suas principais ideias-força, é um exemplo. Ele apareceu pela primeira vez no canal do YouTube do MBL para falar do assunto.
De acordo com fontes ouvidas pelo Boletim, Motta pode ser no Rio de Janeiro um dos candidatos oficiais do movimento em 2018. Indicativo de que pode estar caminhando para o fim o clima estranho que havia entre o MBL e o PSL/Livres.