Dentre as mudanças implementadas pela reforma trabalhista aprovada nesta terça-feira (11) no Senado Federal, uma em especial toca o movimento liberal brasileiro: o fim do imposto sindical. A medida foi uma iniciativa do ex-deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSDB), que já deixou sua marca na história com firme atuação em apenas sete meses de mandato, entre março e outubro de 2016.
Jornalista, Paulo Eduardo Martins ganhou notoriedade por tecer comentários de cunho liberal na Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná. Além de citar autores da Escola Austríaca e defender a restauração do monarquia na TV Aberta, ele trouxe ao debate pautas como a privatização de estatais, a flexibilização das leis trabalhistas e a redução do poder dos sindicatos.
Em 2014, foi candidato a deputado federal e obteve quase 64 mil votos, tendo sido eleito o quarto suplente de sua coligação.
“O brasileiro está livre da escravidão sindical. A Lei Áurea da república não será revogada”, declarou o jornalista na manhã desta quarta-feira (12) em seu Facebook.
Fim do Imposto Sindical
O fim do Imposto Sindical deve representar significativo impacto financeiro nas organizações sindicais, que se multiplicaram no Brasil durante a vigência da contribuição e que frequentemente, em vez de defender uma categoria, agem também com interesses político-partidários, em geral de esquerda. Agora, os sindicatos precisarão da contribuição voluntária dos trabalhadores, o que, porém, pode melhorar o processo de consciência sindical das categorias à longo-prazo.