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MBL revela à Folha que aposta em dois “memeiros” para alavancar redes sociais

Matéria no jornal de São Paulo ainda trouxe outras curiosidades sobre a dinâmica de trabalho do movimento para conseguir espalhar suas ideias

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Arthur França e Rafael Rizzo(Foto: Divulgação / Movimento Brasil Livre)

Que o Movimento Brasil Livre é um dos movimentos mais bem-sucedidos nas redes sociais, pouco se duvida. Entre vídeos e comentários acerca de notícias, suas páginas, especialmente a do Facebook, também se caracterizam pelo deboche bem-humorado das peripécias do cotidiano político brasileiro, através de “memes” – muitos memes (publicações engraçadas com alto potencial de viralizar). Quem estaria por trás de uma produção tão intensa? Foi o que a Folha de S. Paulo procurou revelar em matéria de ontem.

A matéria começa destacando que o “quartel-general” do MBL foi montado em um galpão na Vila Mariana e descrevendo o cenário encontrado por lá: “manchetes de jornal, fotos das manifestações que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), bandeiras do grupo e até um fliperama”. Nesse ambiente, alavancou-se um sucesso tal que, de 1,5 milhão de curtidas no Facebook depois da queda de Dilma, o movimento já contabiliza quase 2,5 milhões. Kim Kataguiri, um dos ícones do grupo, garante que os “especialistas” que conseguiram isso são os próprios jovens da equipe.

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A fórmula de sucesso

Ele mesmo, Kim, seria o fiscalizador dos erros de português nos materiais divulgados pelo MBL. Esta seria uma de suas funções em um esquema competente de “liderança compartilhada”, em que todos opinam, mas a palavra final fica com quem mais entende da área específica em discussão. A “fórmula” conteria, ainda segundo Kim, “um funkeiro, um cineasta, um programador, um articulador político e ‘memeiros'”.

Estes últimos seriam Arthur França, 24 anos,  e Rafael Rizzo, 25, contratados por um salário, segundo Kim, “fixo e secreto”, para trabalhar por cerca de 12 horas diárias, administrando ainda as redes do MBL como um todo. A reportagem comenta que, na semana entre 20 e 26 de agosto, chegaram a ser produzidos em média dois memes por dia. A marca espantosa, porém, segundo eles, é atingida prazerosamente. “Me divirto da hora que chego até a hora que saio”, afirmou Arthur.

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Arthur veio da faculdade de publicidade, que trancou há cerca de nove meses, avisado de que teria que “editar vídeo, mexer no Photoshop e fazer piadas”. Rizzo é egresso da administração do Twitter do então candidato Paulo Batista, famoso pela propaganda em que dizia possuir o “raio privatizador”. Ainda sobrou espaço para dizerem à reportagem que Rizzo já acordou Kim Kataguiri de madrugada em algumas ocasiões, como na condução coercitiva de Lula. Noutra ocasião, quando foi noticiada a gravação de Joesley Batista contra o presidente Michel Temer, Arthur já não estava mais no local de trabalho, e sim em um estúdio de tatuagem. Então, Rizzo encerra a matéria contando que ligou para ele e disse: “A República caindo e você fazendo tatuagem?”.

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