A última segunda-feira (2) marcou um ano do primeiro turno das eleições municipais de 2016 – pleito esse que representou o surgimento de diversas forças políticas alinhadas a valores liberais no país. Para marcar a data, o cientista político Fabio Ostermann, um dos líderes da renovação ideológica do PSL em Livres e ex-candidato a prefeito de Porto Alegre, fez uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook relembrando momentos de sua campanha e compartilhando um balanço da experiência.
“Um grande desafio inicial para mim foi não permitir que me colocassem no cesto de candidatos nanicos. […] Eu tinha uma inserção de 30 segundos a cada dia. Isso, de um lado, parece pouco. Mas deu um trabalho imenso. Todos nós subestimávamos o caos criado pelas regras eleitorais e pelas regras das emissoras a respeito dos formatos dos programas políticos que tinham que ir pra lá”, comentou, emendando que a campanha atuou firmemente para mostrar que, apesar de ser uma candidatura de um partido pequeno, tinha uma equipe responsável e uma candidatura com propostas.
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“Ganhamos respeitabilidade diante da opinião pública e da mídia, em especial. Que via que, apesar da estrutura enxuta, éramos um grupo de pessoas jovens mas que tinha responsabilidade, competência e que, enfim, estava presente nos compromissos”, observou.
Como disse em entrevista ao Boletim da Liberdade em dezembro de 2016, Ostermann também considerou que o voto útil atrapalhou sua votação, sustentando que as pesquisas eleitorais influenciaram esse movimento. “Estive com 2% das intenções de voto durante boa parte da campanha. E, por conta desse valor baixo, acabava não tendo uma maior cobertura das redes de TV para compensar o pouco tempo de horário político. E, para piorar, nas últimas semanas, começou a ocorrer uma onda muito forte de voto útil em prol do Marchezan [candidato a prefeito pelo PSDB, que acabou eleito]. Inclusive de gente boa e liberal, que acreditava em nossas ideias, mas que temia Luciana Genro no segundo turno”, explicou, complementando porém que todos os feedbacks que recebeu após a eleição indicaram que a sua votação “não refletiu o tamanho da campanha” e “que ela teve um alcance muito maior do que os 7.054 pessoas”.
“É motivo de comemoração ter podido terminar uma campanha com a minha integridade intacta. Tendo a tranquilidade que defendi as nossas ideias. Defendi princípios e valores. Lutei o bom combate, corri a boa carreira. Não me elegi, mas de certa maneira posso dizer que ganhei. Saí com um aprendizado e com um rol de aprendizados que levarei para a minha vida. E que certamente vão me ajudar em 2018 nos desafios que vêm adiante”, concluiu Ostermann, emendando que, desde o fim das eleições, o trabalho de seu partido apresentou grande evolução, bem como de todo o ecossistema pró-liberdade. “Vejo um momento de amadurecimento das nossas ideias pelo país. Isso me deixa muito motivado e otimista com o que vem por aí”.
Sobre as eleições de 2018, ele disse enxergar ser o ano da renovação e que “o establishment político está ruindo”. “Nunca escondi o fato de que vivemos uma janela de oportunidade única que precisa ser aproveitada por candidatos liberais”, falou, se comprometendo em “seguir na luta para influenciar a política não só em Porto Alegre, como no Rio Grande do Sul e no Brasil” e dizendo também ter interesse em ser candidato novamente, provavelmente para deputado federal. Assista a transmissão inteira clicando aqui.
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