A coluna publicada na última segunda-feira (2) no jornal Folha de S. Paulo por João Amoêdo, ex-presidente do NOVO, foi alvo de uma crítica do presidente do Instituto Liberal de São Paulo. No texto, Amoêdo elogia o programa Bolsa Família e chega a dizer que trata-se de um “exemplo de livre mercado”.
Ao longo da coluna, o engenheiro, que deve ser o candidato à presidência do NOVO em 2018, sustenta que o Bolsa Família é “provavelmente o programa de estado que traz um dos melhores retornos em relação ao volume investido versus o benefício para a população”. Embora tenha feito uma crítica quanto ao programa “não indicar uma porta de saída clara”, disse que a política pública “adota a crença na liberdade, na responsabilidade do indivíduo e no livre mercado”.
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Marcelo Faria, do ILISP, no entanto, afirmou que Amoêdo “está errado”. “Livre mercado significa livre. Um programa que tira dinheiro de milhões de pagadores de impostos por meio do estado para distribuir a outros pagadores de impostos é mais eficiente do que o estado se meter a atuar diretamente no setor, mas continua sendo intervenção estatal”, observou.
Ele também ironizou uma declaração de Amoêdo quanto ao Bolsa Família “dar liberdade a cidadão para definir as suas prioridades e utilizar os recursos recebidos”. Para Faria, isso é “menos para os pagadores de impostos obrigados a financiar o programa”, que não teria “nada de livre mercado”, complementando que a ideia de vales (ou vouchers) – como defendida por Amoêdo – é menos eficiente que a atuação privada e livre dos indivíduos.
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