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Projeto que ranqueia políticos tem combate ao desperdício como um dos critérios

O "Ranking dos Políticos" se baseia nos gastos, na assiduidade, na fidelidade partidária nos processos judiciais e na qualidade legislativa

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Os empresários idealizadores do projeto na entrevista ao Pânico no Rádio (Foto: Reprodução / Ranking dos Políticos)

Um projeto inovador chamado “Ranking dos Políticos”, lançado pelos empresários Alexandre Ostrowiecki e Renato Federer, surgiu para preencher uma lacuna desafiadora: comparar e classificar políticos de todo o país, entre senadores e deputados federais, do melhor para o pior, com base em critérios objetivos. O mais interessante é que, entre esses critérios, está uma base comum bastante liberal: a aversão ao desperdício nos gastos públicos.

Proposto para ser completamente financiado pelos seus idealizadores, sem aceitar qualquer tipo de doação, o Ranking oferece aos eleitores acesso rápido e eletrônico a informações atualizadas sobre todos os políticos, resumidas de maneira simples, ajudando na hora de decidir o voto. Os dados são retirados das fontes oficiais, como veículos da grande mídia e fichas criminais no Judiciário.

De acordo com um sistema específico, explicado no site do projeto, cada atitude julgada meritória é pontuada para definir a posição do parlamentar na classificação.  “Somos auditados diariamente por milhares de visitantes que acompanham o ranking, conferem, criticam e corrigem, quando necessário”, afirmam os fundadores. “Acreditamos que o Ranking seja a maneira mais eficiente de melhorar o Brasil, pois se tirarmos os piores e votarmos nos menos piores, criaremos um ciclo virtuoso de melhoria”.

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A posição dos políticos acerca de temas como aborto, pena de morte e casamento gay não é avaliada pelo ranking. Os critérios fundamentais para fazer a classificação giram em torno da presença do parlamentar nas sessões, o valor dos gastos públicos que emprega em benefício próprio e de seu gabinete, os processos judiciais de que é alvo, fidelidade partidária e a qualidade dos projetos de lei que propõe. “O valor de cada lei votada é definido por nosso Conselho de Avaliação de Leis, levando em conta critérios como o combate à corrupção, aos privilégios e ao desperdício”.

A equipe, os avaliados e as redes sociais

O Ranking dos Políticos já possui mais de 740 mil seguidores na rede social Facebook. Entre os nomes ranqueados, no momento em que esta matéria é redigida, a senadora Ana Amélia (PP-RS) ocupa a liderança, com o tucano Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) em segundo, Lasier Martins (PSD-RS) em terceiro, Daniel Coelho (PSDB-PE) em quarto e o Ronaldo Caiado (DEM-GO) em quinto. Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) ocupa a décima terceira colocação, enquanto Jair Bolsonaro (ainda PSC-RJ) está na 118ª posição.

Na equipe que administra o Ranking, estão alguns nomes conhecidos. Além dos dois empresários que idealizaram a iniciativa, há um Conselho Estratégico com a filósofa, cantora e compositora Flavia Virginia, a gestora Regina Esteves e Rogério Chequer, liderança do movimento Vem Pra Rua. Para avaliar a questão jurídica que pesa sobre os políticos, o Ranking dispõe ainda de uma parceria com o escritório Braga Nascimentos e Zílio.

O Conselho de Avaliação de Leis é grande, contando com vários profissionais do Direito e da Economia, incluindo nomes bastante conhecidos no meio liberal. A lista começa com ninguém menos que Gustavo Franco, hoje presidente da Fundação do NOVO, o economista Dalton Luis Gardiman, a jornalista Patricia Blanco, o cientista político Christian Lohbauer (ligado ao NOVO), o advogado Fabrício Soler, o diretor da Fundação Índigo do PSL/Livres Diogo Costa, além dos economistas Guilherme Stein, Bruno Oliva, Paula Pereda, Bernardo Wjuniski, Eduardo Wurzmann, Eduardo Zylberstajn, Lucas Novaes, Priscila Ribeiro, Rafael Camelo e Raone Costa.

O Ranking pode ser consultado no endereço www.politicos.org.br. Os idealizadores já concederam algumas entrevistas a grandes veículos, como o site O Antagonista, explicando a plataforma.

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