A Folha de S. Paulo publicou uma matéria curiosa no último dia 5. Segundo o jornal, comunistas e simpatizantes do Brasil e do mundo viajaram à Rússia para celebrar o centenário da Revolução Bolchevique que colocou Lênin e seus aliados no poder e sepultou o tzarado. A má notícia para eles é que faltou “combinar com os russos”.
O jornal entrevistou 17 pessoas que se juntaram para conhecer o “berço do regime comunista” e fazer um passeio turístico. Segundo o músico Tiago Prata, porém, a guia russa do museu Hermitage “era super-reacionária e anticomunismo. Ela ficava falando sobre o olhar triste dos filhos da família imperial russa e sobre a tristeza por eles terem sido assassinados”. O grupo ainda levou uma faixa em russo e português saudando a Revolução, mas não encontrou nenhuma celebração sequer onde estender a homenagem.
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Descobriram ainda, conta a matéria, que os jovens russos não conheciam o hino da Internacional Comunista. A reportagem conversou com alguns comunistas argentinos que também estavam perambulando pela Rússia, assim como alguns europeus, sem encontrar onde festejar a data. O mais interessante foi o que disse a entrevistada russa, a professora Svetlana Solodvnikova: “Não entendo por que tantos estrangeiros gastam tanto dinheiro vindo até a Rússia para uma comemoração que não existe. É como se eles viessem para uma festa na minha casa, mas eu mesma não estou fazendo nenhuma festa”.
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