O prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB) sancionou na última segunda-feira (18) um projeto de lei que obriga os veículos de transporte coletivo em circulação na cidade terem empregados exclusivos para atuarem como cobradores de passagens. A lei, agora com o nº 6.304, também assegura a função do cobrador até em caso de haver bilhetagem eletrônica.
Quando tramitado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em novembro, apenas o vereador Leandro Lyra (NOVO) votou contra mais essa regulação. No Facebook, o parlamentar – que é o primeiro político eleito pelo Partido Novo na cidade – afirmou que entende que a medida é um “retrocesso no sistema de transporte carioca”, especialmente no “contexto em que a tecnologia é cada vez mais presente”.
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“Temos maneiras mais eficientes de resolver o problema da dupla função, como diversas cidades em países desenvolvidos já o fazem, a exemplo da bilhetagem eletrônica”, ponderou, complementando que a bilhetagem eletrônica também “reduz o tempo médio do embarque”, propicia o “registro de dados para aperfeiçoamento das linhas de transporte” e pode até prevenir a exposição de motoristas e passageiros a assaltos por reduzir a circulação de dinheiro vivo.
Polêmica
O debate sobre a proibição da dupla-função de motorista e cobrador em um único funcionário já vem há tempos e, dentre outros argumentos, estavam a segurança do trânsito. O projeto de lei original é do ano de 2007 e foi endossado por sindicatos de cobradores de ônibus que viam seus empregos ameaçados também em virtude do avanço da tecnologia.
Curiosamente, a nova lei que obriga a volta dos cobradores de ônibus foi defendida por vereadores que já reclamam do alto valor das passagens de transporte público na cidade. Entre eles, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do deputado federal e pré-candidato à presidência da república Jair Bolsonaro.
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