O deputado federal Jair Bolsonaro deve se encontrar nesta sexta-feira (5) com o presidente nacional do PSL, o também deputado Luciano Bivar. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, há grande expectativa de que se chegue aos termos finais da inusitada filiação, que poria abaixo o projeto da corrente de renovação Livres, que anunciava que assumiria o controle da legenda em breve. [1]
Dentre os pontos que já estariam acertados é a necessidade de mudança do nome do partido com a eventual vinda de Bolsonaro. Segundo a revista Época, os dois lados já chegaram, inclusive, a debater nomes como “Mobiliza” ou “Republicano” para marcarem essa nova fase. [2]
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Informações obtidas com exclusividade pelo Boletim da Liberdade dão mais detalhes sobre os bastidores desse negociata. Fundador e líder do partido, Luciano Bivar – que seria escanteado em caso de ascensão do Livres (frequentemente, seus ativistas o chamaram de representante do “velho” nas redes sociais) – teria sido convidado a assumir o posto de vice-presidente na chapa de Bolsonaro à presidência, segundo colocado nas pesquisas eleitorais.
Segundo a mesma fonte, líderes do Livres, ao contrário do que pregavam antes, não têm mais certeza sobre o futuro do projeto de renovação do PSL – iniciado no final em 2015. Dependendo de como for o desfecho do caso, que deve ocorrer nos próximos dias ou semanas, os líderes do Livres planejam fazer com que as lideranças do movimento se movam em bloco a outro partido. Dentre os destinos possíveis, estaria o PPS.
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A novela
A ída de Bolsonaro ao PSL pegou todos de surpresa. No entanto, o que antes parecia especulação, começou-se a tornar mais concreto depois que Luciano Bivar declarou à revista Época que seria “um orgulho” recebê-lo na legenda, mesmo após as redes do PSL – controladas pelo Livres – negarem a possibilidade.
A movimentação, sem dúvida, representa um duro golpe no movimento político liberal que prometia renovar o PSL – renovação essa que nunca foi completa e sequer chegou a assumir o controle total do partido. O Livres nunca escondeu forte oposição à Jair Bolsonaro, inclusive por meio de charges, e buscou durante sua existência posicionar-se como defensor do liberalismo econômico e das liberdades individuais, como a legalização da maconha.
Em dezembro, após a primeira declaração de Bolsonaro que estaria “90% fechado com o PSL” devido a discordâncias com o PEN/Patriota, Bolsonaro chegou a ser chamado de “vigarista” por criar um “factóide” para “se alavancar nas suas barganhas obscuras” por lideranças do Livres.
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