O Livres anunciou na noite desta sexta-feira (5) em nota oficial que “deixa o PSL”. A mesma informação também tem sido intensamente repercutida pela imprensa. A ideia central é que a então autointitulada “corrente de renovação do PSL” torne-se um movimento orgânico e independente. Outra novidade é que já há uma nova liderança nacional.
Com o afastamento de Sergio Bivar, filho do presidente do PSL, que afirmou não se sentir no momento “em condições de encabeçar nenhum projeto político”, quem assume a “presidência nacional” do Livres é o publicitário e empresário carioca Paulo Gontijo. Desde fevereiro, Gontijo comandava o diretório estadual do PSL no Rio de Janeiro.
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Frisando que trata-se de uma liderança “interina”, Gontijo confirmou ao Boletim da Liberdade a informação. Internamente, fala-se que o objetivo de sua gestão será “conduzir com eficiência, transparência e participação a deliberação sobre os próximos passos do movimento”.
Nota oficial
Em nota, o Livres comunicou a notícia do afastamento do PSL com “extremo pesar”. O movimento fez um retrospecto das principais conquistas ao longo dos últimos anos e afirmou que o ano de 2018 iria consolidar o projeto enquanto partido.
“Agora, infelizmente, Livres e PSL tomam caminhos separados. A chegada do deputado Jair Bolsonaro, negociada à revelia dos nossos acordos, é inteiramente incompatível com o projeto do Livres de construir no Brasil uma força partidária moderna, transparente e limpa”, diz a nota, complementando que “o grupo que hoje forma o Livres se esforçará em conjunto para amadurecer e formalizar” o modelo de governança da nova fase e que irá decidir “democraticamente sobre a estratégia do movimento para as eleições de 2018”.
Reuniões por todo o país dos diretórios do Livres estão sendo marcadas para a próxima semana. Dentre os debates que devem ocorrer, é se o Livres se tornará um movimento suprapartidário ou se será incubado em algum outro partido. De todo o modo, a orientação geral é que seja feita uma “decisão coletiva” e, para não enfraquecer o movimento, ninguém se precipite anunciando ou decidindo o futuro político.