Dois bonecos lutando, um com a cabeça de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e outro com a cabeça de Fernando Holiday (DEM-SP). Esta é a imagem que ilustra uma matéria publicada na página da revista Piauí, abrigada no portal da Folha de S. Paulo. A tensão da Internet atraiu o olhar da estagiária de jornalismo Bruna de Lara, autora do texto.
Com o título sugestivo “Bate-boca entre MBL e bolsonaristas alimenta racha no antipetismo”, Bruna acompanhou as recentes trocas de ataques nas redes sociais entre figuras ligadas ao Movimento Brasil Livre e militantes da pré-candidatura de Jair Bolsonaro à presidência. Ela procura sustentar que esses embates demonstram a dificuldade de união entre os grupos antipetistas no início de ano eleitoral. “As farpas se intensificaram a partir da noite de domingo, 14 de janeiro, quando o vereador pelo DEM de São Paulo Fernando Holiday, um dos coordenadores nacionais do MBL, condenou os ataques de apoiadores de Bolsonaro à apresentadora do telejornal SBT Brasil, Rachel Sheherazade, outra crítica notória do PT”, ressaltou. [1]
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Bruna percebeu que o estopim foi o dia 9 de janeiro, quando a jornalista comentou que Bolsonaro e Lula eram opostos “cada vez mais parecidos” e, por quatro dias, passou a investir contra o deputado, rendendo cerca de 3,8 mil comentários aos seus tuítes – “a maioria ofendendo a apresentadora, chamada de ‘vendida’ e comparada a Judas”, com ataques direcionados inclusive à sua vida pessoal e ao seu noivo, o tabelião Matheus Faria. Em seguida, ela destaca a entrada de Holiday na discussão, “estimulando seguidores do MBL a confrontarem os bolsonaristas”, que teriam aderido a um “Bolsonarismo religioso”.
A matéria recorda também um post feito por Bolsonaro no domingo (14), em que dizia nada ter com a vida privada de ninguém e Holiday respondeu 13 minutos depois que o deputado precisava dizer isso aos seus “asseclas”. Lembrando ainda outros enfrentamentos, o texto afirma que o site Jornalivre, “que replica notícias positivas ao MBL”, faz menções negativas a Bolsonaro, embora na página principal do grupo o tom crítico seja mais tímido. “O bate-boca virtual entre Holiday e o clã dos Bolsonaro ilustra a dificuldade que o antipetismo terá para se unir em torno de um mesmo candidato, pelo menos no primeiro turno presidencial”, concluiu.
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