Renan Santos, notória liderança do Movimento Brasil Livre, decidiu se manifestar nesta segunda (22) diante da tensão entre o movimento e o prefeito de São Paulo, João Doria, a quem inicialmente apoiava. Para ele, o que vem acontecendo em razão das novas regras para aplicativos de transporte impostas pela Prefeitura é apenas “a gota d’água de um processo de desencanto que vem acontecendo desde abril do ano passado”. [1]
Para Renan, tudo começou quando Doria fez “declarações estabanadas” sobre “desarmamento e banheiro trans”, embora o MBL mantivesse a expectativa de que ele mudasse de atitude. A irritação continuou com o caso da defesa da taxação do Netflix, o discurso de “centro”, o que Renan chama de “uma postura dúbia na questão Uber – ainda no fim de 2017”, “uma postura absolutamente leniente no humilhante viaduto Marisa Letícia e essa parceria com os sindicatos de taxistas no caso da Resolução 16”.
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Para ele, Doria “não compreendeu os fundamentos históricos e políticos” que o conduziram ao poder. “Considera que com jogo de cena e discursos marqueteiros irá convencer todo mundo a apoiar suas incoerências”, o que não funcionaria mais “hoje em dia”. Ainda assim, Renan considera que o saldo do governo Doria é positivo e ele foi mesmo a melhor opção no pleito de 2016 à prefeitura de São Paulo. As privatizações, a zeladoria urbana nas regiões centrais, “seu enfrentamento ao politicamente correto e a setores da imprensa no começo de seu mandato” foram elementos muito positivos.
“Não é, porém, um líder político capaz de comandar o país nem de representar nossas ideias. O que fez no caso dos aplicativos de transporte foi cruzar uma linha sem retorno. Não merece apoio institucional como figura que lidera uma mudança de mentalidade na gestão pública, como parecia ser. Se tudo der certo, será um Kassab melhorado”, concluiu.
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