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Exclusivo: Flávio Rocha fala ao Boletim sobre o Brasil 200, boatos de candidatura própria e admiração pelo MBL

Dono da rede varejista Riachuelo iniciou 2018 com grande destaque nas redes sociais após lançar o movimento Brasil 200, que prega uma pauta claramente liberal na economia
Flávio Rocha (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

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Flávio Rocha (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

Desde o início do ano, com o lançamento do movimento Brasil 200 e, posteriormente, com a repercussão que o Movimento Brasil Livre tem dado à sua imagem, não se fala de outra coisa: Flávio Rocha, empresário, estaria de olho em ser candidato em 2018. Prova disso, no último domingo (28), o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, chegou a afirmar peremptoriamente que Rocha seria o candidato do MBL ao Planalto. Em entrevista exclusiva ao Boletim, no entanto, Rocha afirma não ter essa pretensão.

Concedida por e-mail, o empresário explica o Brasil 200, afirma que também não teria “estrutura partidária capaz de concretizar um projeto” de candidatura e afirma que gostaria de apoiar um candidato com um perfil liberal na economia e conservador nos costumes. “Mas infelizmente ele não surgiu”, observa.

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Ao longo da entrevista, outros temas são destacados. Flávio Rocha fala de sua admiração ao MBL – “sou fã” -, mas nega haver vínculo – inclusive financeiro – entre o Brasil 200 e o movimento. O empresário também comenta sobre o Partido Novo – “o Amoêdo é meu amigo” – e o risco que sua superexposição no debate público afete a imagem da Riachuelo, varejista que comanda. Leia:

Boletim da Liberdade: O senhor lançou recentemente o Brasil 200. Qual é o seu objetivo com o movimento?

Flávio Rocha: O movimento nasceu de uma angústia que eu tinha e que eu percebi que não era só minha. Sentia falta no Brasil de um projeto político para atender a uma enorme demanda na sociedade. Esse projeto tem dois pilares. Na economia, é liberal, francamente favorável à livre iniciativa. Nos costumes, é conservador, e defende os valores da família, como a proteção de nossas crianças.

Boletim da Liberdade: O senhor inicia o ano de 2018 com maior destaque nas redes sociais. O senhor pretende concorrer à presidência da república?

Flávio Rocha: Esse projeto não é pessoal. Minha contribuição à sociedade é como empresário. Mas entendo que nenhum cidadão consciente e responsável tem o direito de deixar de responder a uma demanda dessa magnitude, se pudesse contribuir mais diretamente para uma guinada nos rumos do Brasil.

Minha contribuição à sociedade é como empresário. Mas entendo que nenhum cidadão consciente e responsável tem o direito de deixar de responder a uma demanda dessa magnitude, se pudesse contribuir mais diretamente para uma guinada nos rumos do Brasil.

Boletim da Liberdade: Em entrevista à Kim Kataguiri e Arthur do Val, o senhor afirmou que o candidato “óbvio”, liberal na economia e conservador nos costumes, ainda não apareceu. Caso o senhor pretenda participar da política, o senhor se encaixaria nesse perfil?

Flávio Rocha: Esse é o meu perfil, é o que tenho defendido desde sempre. Só que agora essa posição está ganhando projeção porque uma larga parcela dos eleitores também se identifica com ela.

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Boletim da Liberdade: Caso um novo candidato não surja no páreo e o senhor não concorra à eleição, o senhor pretende apoiar explicitamente algum candidato à presidência? Se sim, poderia nos adiantar?

Flávio Rocha: Como disse, não tenho essa pretensão. Nem disponho de estrutura partidária capaz de concretizar esse projeto. Quero muito apoiar um candidato com esse perfil, mas infelizmente ele ainda não surgiu.

Não tenho essa pretensão [de concorrer]. Nem disponho de estrutura partidária capaz de concretizar esse projeto.

Boletim da Liberdade: O senhor afirmou em entrevista à revista InfoMoney que chegou a hora de o empresariado participar mais do debate. Na opinião do senhor, antes o empresariado não participava o suficiente?

Flávio Rocha: O empresário é o guardião da competitividade num regime de livre mercado. Quando ele se furta a desempenhar esse papel, ele abre espaço para uma elite burocrática tóxica com pouca ou nenhuma sensibilidade para a liberdade econômica.

Boletim da Liberdade: O Movimento Brasil Livre (MBL) tem feito muitas menções em relação ao senhor. O MBL e o Brasil 200 têm alguma relação? Qual é a sua opinião sobre o MBL?

Flávio Rocha: Sou fã do MBL. Para mim tem sido um privilégio conviver com esses jovens, todos eles com grande maturidade intelectual. Eles estão enfrentando a antiga hegemonia do pensamento marxista que tinha tomado conta das escolas ideologizadas. Mas, ao contrário do que se sugeriu, nunca os ajudei financeiramente.

Boletim da Liberdade:  Certa época, o senhor chegou a ser especulado como possível candidato do Partido Novo, que prega a importância de levar práticas de iniciativa privada para a gestão pública. No entanto, João Amoêdo, fundador do partido, foi aclamado pré-candidato à presidência. O senhor chegou a ter alguma aproximação do Partido Novo?

Flávio Rocha: O Amoêdo é meu amigo. Mas o Partido Novo traçou um projeto de mudança muito gradual para o Brasil, algo que teria efeito em uma geração. Nosso projeto é mais ambicioso, prevê uma mudança imediata do país.

Sou fã do MBL. Para mim tem sido um privilégio conviver com esses jovens, todos eles com grande maturidade intelectual. Eles estão enfrentando a antiga hegemonia do pensamento marxista que tinha tomado conta das escolas ideologizadas.

Boletim da Liberdade: O senhor não teme que a superexposição do senhor em temas políticos possa afetar a imagem da Riachuelo?

Flávio Rocha: Esse é um preço a ser pago. O empresário-moita é um tipo que se generalizou no Brasil, com grande prejuízo para o país. É preciso mais do que assumir posições em defesa de um projeto que beneficie o Brasil. A omissão no longo prazo custa muito mais caro.

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