Drogas ainda são um assunto polêmico entre os brasileiros. Prova disso é a reação dos internautas diante de uma publicação feita pelo página “Drogas: Reduzir Danos” na última quinta-feira (8).
Na imagem divulgada, a página, em vez de recriminar, orienta que os consumidores de cocaína evitem utilizar notas de dinheiro como canudo e compartilhar com amigos o material usado para aspirar o pó. No texto que acompanha a imagem, é observado que a “maior parte da cocaína no Brasil é adulterada ou misturada com outras substâncias, podendo trazer sérios riscos à saúde” e que, “mesmo [após o consumo de] quantidades pequenas”, é melhor evitar dirigir.
Reações
Surpresos com as informações, que visam orientar o usuário de cocaína, muitos internautas utilizaram a publicação como forma de ironia ou humor. Houve, no entanto, quem criticasse o teor da publicação com seriedade. “A campanha fala como se fosse uma coisa normal cheirar cocaína. Ao invés de lembrar das bactérias, seria bom relembrar que a cocaína causa danos irreversíveis ao coração, às vias aéreas e problemas psíquicos. Deveria também recomendar sempre a procurar auxílio à desintoxicação e dar telefones, nomes de entidades etc”, escreveu um internauta.
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Outra internauta também criticou a campanha: “A pessoa está inalando todo o tipo de veneno, usa uma droga que tem qualidade péssima no Brasil, está ‘loucassa’ da cabeça, doida pra aloprar, e vai se preocupar com as bactérias da nota de dinheiro? Esse pessoal não tem o que inventar para parecer alternativo, diferentão”, comentou.
A página, porém, se defende, salientando que “a Redução de Danos (RD) é uma prática reconhecida pela Organização Mundial de Saúde”. “No caso do uso de drogas, a RD parte da premissa de que as pessoas usam drogas e oferece dicas concretas – como essa que está na imagem –, além de informações e alertas sobre os possíveis efeitos específicos de cada droga no corpo. A redução de danos considera que um indivíduo bem informado pode ter maior autonomia e ser mais responsável no consumo de substâncias, minimizando os impactos para si mesmo e para terceiros”, escreveu.
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