O economista Paulo Guedes, um dos fundadores do Instituto Millenium, ex-CEO do Ibmec e muito ligado a ideias liberais, sugeriu, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo na última segunda-feira (12), que um governo Jair Bolsonaro adotasse pelo menos nove ideias centrais. [1]
Desde o segundo semestre de 2018, Guedes é considerado um dos conselheiros mais próximos do pré-candidato à presidência da república pelo PSL. Segundo a mesma reportagem, Guedes confirmou estar mantendo “longas e frequentes conversas com Bolsonaro”, que chegariam a durar “quatro ou cinco horas”. Sua aproximação do ex-militar agrada o mercado financeiro.
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Confira abaixo os nove pontos defendidos por Guedes para uma campanha de Bolsonaro à presidência:
1. Reforma Política: adoção de cláusula de votação em bloco, conforme programa de cada partido, para garantir a governabilidade.
2. Reforma Fiscal: Corte efetivo de gastos, para viabilizar a queda estrutural dos juros e das despesas de rolagem da dívida pública.
3. Previdência: Realização/ampliação da reforma do atual sistema previdenciário e criação de sistema de capitalização, com contas individuais, para novos participantes.
4. Benefícios: Corte de privilégios do funcionalismo e fim de isenções fiscais e de empréstimos subsidiados concedidos por bancos públicos para grandes empresas.
5. Reforma administrativa: Redução do número de ministérios, para modernização e racionalização da máquina pública.
6. Federalismo: Fortalecimento da federação, com descentralização de recursos e atribuições do governo federal para os estados e os municípios, com o objetivo de aumentar a eficiência de políticas públicas.
7. Banco Central: Independência de gestão e mandato de quatro anos para a diretoria não coincidente com o mandato do presidente da república.
8. Desestatização: Privatização de estatais e concessões de serviços públicos, com uso dos recursos para reduzir dívida pública.
9. Reforma tributária: Simplificação do sistema com redução de alíquotas e ampliação de base de tributação.
Ainda não há informação sobre quais propostas serão efetivamente incorporadas ao plano de governo de Jair Bolsonaro.
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