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Tuiuti, que defendeu CLT, só assinou a carteira de três em 2017, acusa ILISP

Organização sediada em São Paulo fez uma análise levando em consideração dados do Ministério do Trabalho e a quantidade de funcionários registrados da região onde fica a escola de samba Paraíso do Tuiuti, no RJ
Foto: Reprodução/TV Globo

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O Instituto Liberal de São Paulo deu um furo jornalístico nesta terça-feira (13), último dia oficial de carnaval. A ONG, liderada por Marcelo Faria, fez uma pesquisa aos dados da escola de samba Paraíso do Tuiuti, que debochou de liberais ao defender a CLT e associou a modernização trabalhista à escravidão. A descoberta é que a Tuiuti contratou apenas três pessoas com carteira assinada em sua comunidade ao longo de 2017. [1]

Para chegar a essa conclusão, o ILISP explicou que utilizou os “microdados” do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) fornecido pelo Ministério do Trabalho. Como as escolas de samba possuem uma categoria muito específica de CNPJ, teria sido possível descobrir que no bairro onde fica a Paraíso do Tuituti, no Rio de Janeiro, apenas três pessoas foram contratadas diretamente por “organizações associativas ligadas à cultura e à arte”. Como o carnaval é uma festa essencialmente comunitária, onde dezenas de pessoas estão envolvidas, boa parte delas em tempo integral, a informação causa surpresa.

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Foto: Reprodução/ILISP

O ILISP pontuou que, entre as três contratações, duas são de “jovens aprendizes”, entre 16 e 17 anos de idade com salário de R$ 553 mensais. Uma terceira contratação teria sido de um homem com 23 anos de idade, ensino superior e com 40 horas de dedicação. Ele recebeu o salário de R$ 2.618 mensais. Para o Instituto Liberal de São Paulo, “o número de trabalhadores contratados é certamente insuficiente para preparar um desfile de escola de samba”.

Para averiguar a situação, o Boletim da Liberdade entrou em contato com a escola de samba Paraíso do Tuiuti na noite desta terça-feira (3). Dentre as perguntas, estão a quantidade de pessoas contratadas por CLT que a escola de samba tem, se a organização utiliza outras formas de contratação ou subcontratação e se apenas três pessoas se dedicam em regime integral à organização. Até o momento da publicação desta reportagem, não houve resposta.

Leia o artigo completo do Instituto Liberal de São Paulo clicando aqui.

MBL reage ao desfile

(Foto: Reprodução/TV Globo)

O coordenador do Movimento Brasil Livre do Rio de Janeiro, Renato Borges, desabafou nesta segunda-feira (12) sobre a polêmica apresentação da escola de samba carioca Paraíso do Tuiuti no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. No desfile, a escola dedicou uma ala para insultar os manifestantes que foram às ruas em defesa do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

“Existe coisa mais desonesta do que fazer essa referência à escravidão ou ficar dizendo por aí que a reforma trabalhista tirou algum direito do trabalhador? Eu gostaria que alguém me dissesse em qual linha do texto da reforma se encontra a revogação da Lei Áurea ou a retirada de algum direito trabalhista”, comentou.

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Em seguida, Borges também frisou o fato de a escola utilizar recursos públicos para atacar a maioria dos brasileiros que defenderam o impeachment. “Foi utilizado 1 milhão de reais do sofrido dinheiro do pagador de impostos carioca para fazer o desfile da Paraíso do Tuiuti acontecer. 1 milhão de reais saído do nosso bolso para tirar sarro da nossa cara por termos ido às ruas pelo impeachment”. [2]

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