O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao cineasta Fernando Grostein Andrade publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e no canal do YouTube de Andrade nesta quarta-feira (7), teceu comentários sobre Lula, PT, PSDB e Fernando Haddad. Em determinado momento da entrevista, FHC afirmou que “PT e PSDB nunca se juntaram por disputa de poder, não por disputa ideológica”.
“O PT tentou caracterizar o PSDB sempre como de direita. E não é verdade”, disse. “Agora abriu espaço para uma direita reacionária.”
Ao longo da entrevista, Fernando Henrique também afirmou que gosta de Fernando Haddad (ex-prefeito de São Paulo pelo PT e ex-ministro de Lula e Dilma) e que ele é “uma pessoa correta”. Haddad é cotado como um dos candidatos que o Partido dos Trabalhadores pode lançar em substituição a Lula.
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Em tom simpático aos setores progressistas, Fernando Henrique disse que não queria “fazer crítica ao Lula, principalmente na situação em que se encontra agora” e que ele era um “líder importante”. O ex-presidente afirmou também ser “a favor das cotas” – embora afirme reconhecer que trata-se de uma “solução transitória”.
FHC se autointitulou “completamente liberal” no que chamou de “matéria de costumes”. “Acho que a diversidade tem que ser respeitada. O pessoal da direita reacionária não acha isso. E querem punir. Está errado! É perigoso”, opinou.
Sobre Jair Bolsonaro, pré-candidato à presidência da república pelo PSL, Fernando Henrique Cardoso afirmou que “está expressando um sentimento que está na rua, a questão da ordem”. No entanto, disse que não sabe o que Bolsonaro fará sobre o câmbio, educação e saúde. “Ele não disse nada. Eu acho que as pessoas têm que ter um pouco mais de coerência pra vida.”
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