O economista Adolfo Sachsida publicou no último sábado (17) no site do Instituto Liberal um artigo em que analisa a recente perseguição da imprensa tradicional contra as chamadas Fake News ou notícias falsas. Para o pesquisador do IPEA, que também já atuou como consultor da área econômica de Jair Bolsonaro, pior do que elas são as chamadas Hidden News ou notícias escondidas.
As notícias escondidas, segundo define Sachsida, são a “ocultação deliberada da informação visando destruir um oponente, ou um movimento, ou mesmo uma ideia pela proibição silenciosa de sequer anunciar sua existência”. Para exemplificar, ele cita que a imprensa tradicional, durante a cobertura das manifestações pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ignorou os cartazes de “Olavo Tem Razão” que surgiram espontaneamente nas mobilizações pelo país. “Boa parte da mídia brasileira se silenciou sobre isso, isto é, ocultou a informação”, disse.
[wp_ad_camp_1]
Outro exemplo trazido pelo economista, que escreve rotineiramente no Instituto Liberal, se refere ao lançamento da pré-candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da república nesse mês. “A Rede Globo sequer noticiou esse fato (pelo menos não no Jornal Nacional). Goste-se dele ou não, o fato é que Bolsonaro, com 20% das intenções de voto, lidera a corrida para o palácio do Planalto”, analisa.
Hidden News potencializa as Fake News
Considerando as notícias escondidas piores do que as notícias falsas pelo fato de que o receptor do conteúdo “sequer sabe que não sabe de determinada informação”, Sachsida especula sobre uma correlação entre ambos os desvirtuamentos da cobertura jornalística. “Cansados de não terem acesso às informações (por causa da política de Hidden News adotada por muitos veículos tradicionais de mídia) os consumidores passaram a procurar outras fontes. Nesta busca por fontes alternativas de informação, muitos acabaram se informando em fontes menos confiáveis, que abusam das Fake News.”
Leia o artigo de Sachsida na íntegra clicando aqui.
[wp_ad_camp_3]