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‘Não estamos dividindo a direita’, diz Kim, do MBL, sobre apoio a Flávio Rocha

Em entrevista ao Boletim, Kim afirmou que a candidatura de Flávio Rocha pode ser o "único projeto viável" para a direita, criticou desempenho de Bolsonaro e revelou como será a atuação do MBL nas eleições

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Com apenas 22 anos, Kim Kataguiri é uma das principais lideranças do Movimento Brasil Livre (Foto: Reprodução/Facebook)

O ativista Kim Kataguiri anunciou na última segunda-feira (19) em artigo ao jornal Folha de S. Paulo que o Movimento Brasil Livre já havia escolhido seu candidato à presidência: o empresário Flávio Rocha, principal liderança do movimento Brasil 200. Em entrevista exclusiva ao Boletim da Liberdade nesta quinta (22), Kim contou sobre o por que de o MBL ter preferido apoiar a candidatura de Flávio Rocha – que ainda não anunciou por qual partido pretende concorrer – e não a de João Amoêdo (NOVO) e Jair Bolsonaro (PSL), já consolidadas.

Negando estar “dividindo a direita”, Kim defendeu na conversa que Flávio Rocha pode significar “o único projeto de poder viável” para a direita brasileira, até mesmo pela possibilidade de “obter o apoio do bloco que forma o atual governo”, sem especificar. Na sequência, contou ainda sobre como será o papel do MBL nas eleições, a intenção de também dar apoio a governadores – um dos nomes já está consolidado e ele revelou quem é – e também como está o andamento de sua pré-campanha a deputado federal em São Paulo. Confira:

Boletim da Liberdade: Nessa eleição presidencial, já estão praticamente confirmadas as candidaturas de João Amoêdo (NOVO) e Jair Bolsonaro (PSL), sendo um mais liberal e outro mais conservador. Por que o MBL decidiu endossar uma terceira pré-candidatura, de Flávio Rocha?

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Kim Kataguiri: Porque Flavio é o único que junta capacidade de articulação política com viabilidade eleitoral e defesa de liberalismo econômico com propostas sólidas para a segurança pública.

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Boletim da Liberdade: Essa iniciativa não corre o risco de dividir ainda mais o eleitorado à direita?

Kim Kataguiri: Bolsonaro está em vantagem em relação aos outros candidatos agora. Ninguém tem tanta mídia e militância espontânea como ele. Ainda assim, já começou a cair nas pesquisas. Se agora, que deveria estar nadando de braçada, já começou a cair, na campanha será pior ainda. Sem apoio político, estrutura partidária e tempo de TV, a tendência é que sua candidatura derreta. Amoêdo está numa situação ainda pior: não tem nem mídia espontânea, nem estrutura partidária. Não estamos dividindo a direita, pelo contrário: estamos apresentando o único projeto de poder viável.

[Bolsonaro] já começou a cair nas pesquisas. Se agora, que deveria estar nadando de braçada, já começou a cair, na campanha será pior ainda. Sem apoio político, estrutura partidária e tempo de TV, a tendência é que sua candidatura derreta.

Boletim da Liberdade: Em setembro, você disse ao Boletim da Liberdade que o MBL poderia apoiar até um candidato que não fosse necessariamente um liberal. Como surgiu o Flavio Rocha no radar do MBL?

Kim Kataguiri: Não é o caso de Flavio Rocha. Ele é um liberal convicto. Conhecemo-nos durante o impeachment, ele foi o primeiro grande empresário a ter a coragem de se posicionar abertamente pela queda da então presidente da República. Após sucessivas conversas e análises do cenário eleitoral, chegamos à conclusão de que a única maneira de criar uma candidatura vitoriosa para a direita seria lançar um presidenciável com valores liberais e conservadores, que fosse outsider e pudesse obter o apoio do bloco que forma o atual governo. Flavio Rocha é o único que junta todos esses fatores.

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Boletim da Liberdade: Como o MBL pretende atuar ao longo da campanha presidencial apoiando um candidato diretamente? As mídias pedirão voto diretamente?

Kim Kataguiri: Divulgaremos os debates e produziremos material para as redes de Flavio Rocha, demonstrando que suas propostas e seu projeto eleitoral são os mais concretos e viáveis para a direita.

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Boletim da Liberdade: Caso o candidato apoiado pelo MBL se saia vitorioso, o MBL pretende ter algum tipo de participação no governo?

Kim Kataguiri: Com certeza. A bancada liberal que pretendemos eleger atuará firmemente para combater a já esperada oposição petista e para aprovar as reformas estruturantes que seriam propostas pelo Executivo. Além disso, há muita gente capacitada no movimento para fazer parte da gestão em diversas áreas: comunicação, saúde, educação, segurança pública, articulação política etc.

A bancada liberal que pretendemos eleger atuará firmemente para combater a já esperada oposição petista e para aprovar as reformas estruturantes que seriam propostas pelo Executivo.

Boletim da Liberdade:  O MBL pretende também apoiar algum candidato a governador pelo Brasil? Se sim, já existem nomes?

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Kim Kataguiri: Pretendemos sim. Por enquanto, o único nome consolidado é o de Mateus Bandeira, que disputará o governo gaúcho pelo NOVO.

Boletim da Liberdade: Como estão os preparativos para a sua campanha a deputado federal?

Kim Kataguiri: Eu e o Arthur [do Val] estamos trabalhando muito desde o começo do ano passado. Agora, além de acumularmos trabalho e estudos, também temos uma extensa agenda de palestras e debates. Sabemos que vencer eleição é difícil, ainda mais para quem nunca disputou e para quem não possui nem o sobrenome nem a estrutura partidária de caciques políticos. Por isso, dormimos tarde e acordamos cedo. Viajamos todo o estado de SP para difundir o liberalismo e mostrar que temos propostas viáveis e sólidas. A ideia é angariar o maior número de voluntários possível. Só conseguiremos vencer se aqueles que acreditam em nós se engajarem..

+ Kim Kataguiri divulga propostas como pré-candidato a deputado

+ Exclusivo: Flávio Rocha falou em janeiro ao Boletim sobre o Brasil 200, boatos de candidatura própria e admiração pelo MBL

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