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‘Conservadorismo é a indignação contra a erosão intencional dos valores’, diz Rocha

Pré-candidato à presidência da república pelo PRB participou do painel "Encontro com Presidenciáveis" no 31º Fórum da Liberdade; dono da Riachuelo defendeu união entre ideias liberais e conservadoras
Flávio Rocha em seu discurso no 31º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre (Foto: Reprodução/Facebook)

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Flávio Rocha em seu discurso no 31º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre (Foto: Reprodução/Facebook)

O pré-candidato à presidência da república Flávio Rocha (PRB), apoiado pelo MBL, apresentou-se nesta segunda-feira (9) no Fórum da Liberdade com um duro discurso contra o marxismo cultural e uma forte pauta em defesa do liberalismo. Ele definiu-se também como o menos conhecido de todos os pré-candidatos que estiveram ali presentes: Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e João Amoêdo (NOVO).

Alertando aos presentes de que existe “o risco de devolver o Brasil às mãos da quadrilha que erodiu nossa economia”, Rocha compartilhou sua experiência enquanto empresário quando levou adiante o projeto Pró-Sertão, um programa de incentivo à geração de empregos no semiárido do Rio Grande do Norte. Segundo ele, foi uma “concreta experiência de defesa do capitalismo”, o “melhor sistema” de geração de riquezas e prosperidade.

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“Não existe outra forma de inclusão” que não seja “a feliz combinação de liberdade política e econômica, porque uma não existe sem a oura”, sustentou. Rocha se disse ainda disposto a combater uma “aristocracia burocrática tóxica” que, “sob o pretexto de defender os trabalhadores”, é a “principal responsável pela destruição de empregos no Brasil”, constituindo “uma máquina de não-fazer que nos condena aos números de um dos países mais hostis ao empreendedorismo”. O pré-candidato foi aplaudido ao declarar que no Brasil “não há conflito de capital contra trabalho ou rico contra pobre, mas um conflito entre quem puxa a carruagem e quem está aboletado na carruagem estatal”.

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Ao longo da sua exposição, Rocha também frisou que, além da “socialização da riqueza”, há um processo de “socialização da culpa e dos valores”, empregado em uma estratégia de dominação inspirada nas ideias do marxista italiano Antônio Gramsci. “A história de que bandido é vítima da sociedade é uma inversão de valores inominável” e o debate sobre valores precisa acompanhar o debate econômico.

Instado a esclarecer a diferença entre conservadorismo e moralismo, Rocha disse que “conservadorismo é a indignação contra a erosão intencional dos valores, que é o antigramscismo”. Ele também definiu que “o fantasma que pode nos assombrar agora é o marxismo cultural, a estratégia de erodir os valores através da dissolução das famílias”. Em uma das respostas, afirmou, porém, que admite os diferentes conceitos modernos de “família” e garantiu que encontrou confluência de valores no seu partido, o PRB, salientando que não é uma agremiação composta “apenas de evangélicos”. Sobre Bolsonaro, ressaltou que o respeita, mas voltou a enfatizar que vê nele “um discurso de esquerda na economia” em sua trajetória.

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