O primeiro dia do 31º Fórum da Liberdade, nesta segunda-feira (9), foi marcado pelo Encontro dos Presidenciáveis, que reuniu seis dos pré-candidatos à Presidência da República. Cada um deles dispôs de um tempo para uma explanação, seguido de perguntas formuladas pela mediação do Instituto de Estudos Empresariais, incluindo sugestões do público.
O segundo nome a subir ao palco do evento foi o do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, filiado ao MDB. O ex-ministro começou elogiando o Fórum, lembrando que já o visitou no passado, e diagnosticou que o país vive “momentos fortes”, em que valem muito a experiência e a capacidade de apresentação de resultados. Vindo logo após João Amoêdo, do Partido Novo, que trouxe inúmeras propostas liberais, Meirelles nitidamente procurou desenvolver um discurso que demonstrasse que tem mais dados concretos a oferecer.
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“Sempre acreditei muito em mostrar resultados e depois discutir”, frisou. “Mostrar propostas excepcionais é fácil, mas é melhor mostrar o resultado”. Meirelles destacou que tirou o país “da maior recessão da história” e se pôs a diagnosticar os problemas que teve de enfrentar: o intervencionismo do estado-empresário, com uma inflação profunda erodindo o poder de compra, a elevação de despesas públicas, a emissão de moedas e a manipulação do sistema de preços. Agora, Meirelles crê ser a hora de reformas no ensino para capacitar as pessoas a produzirem melhor, qualificar a provisão de serviços públicos que atendem às necessidades básicas do cidadão e promover programas de desburocratização.
No quadro eleitoral, Meirelles enxerga em destaque “a proposta da volta do estado condutor” e “uma proposta aparentemente ao contrário, mas com um histórico de intervencionismo e opiniões favoráveis a um estado forte”, provavelmente referindo-se ao ex-presidente Lula, hoje preso, e ao deputado Jair Bolsonaro. O ex-ministro ressaltou que tem experiência e conseguirá fazer com que as reformas sejam discutidas com a população: “ainda hoje, a maior parte da população é contra a Reforma da Previdência, sem ter conhecimento de que isso vai levar à quebra da Previdência”.
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