A Procuradoria Geral da República denunciou por racismo nesta sexta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal o deputado e pré-candidato à presidência da república Jair Bolsonaro (PSL). O teor da denúncia foi baseado em declarações que o parlamentar fez em um evento no Rio de Janeiro, em abril de 2017. [1]
Na ocasião, Bolsonaro opinou sobre os quilombolas. “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles”, teria dito.
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Na denúncia ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que Bolsonaro referiu-se aos integrantes dos quilombolas como se fossem animais ao utilizar a palavra “arroba”. “Esta manifestação, inaceitável, alinha-se ao regime da escravidão, em que negros eram tratados como mera mercadoria, e à idéia de desigualdade entre seres humanos, o que é absolutamente refutado pela Constituição brasileira”, escreveu. O crime de racismo é inafiançável e imprescritível, estando também sujeito à pena de multa. [2]
Resposta
Em resposta ao G1, o portal de notícias da Globo, Bolsonaro afirmou que a denúncia era um “movimento político” e “sem nenhum fundamento”. Nas pesquisas de intenção de voto, o parlamentar lidera nos cenários em primeiro turno.
Nas redes sociais, o parlamentar publicou um vídeo neste sábado (14) com referência à denúncia. Abraçado com dois negros, ironizou: “Muito racismo e homofobia juntos”. Em seguida, pediu fim ao politicamente correto. Até a publicação desta matéria, o filme já tinha mais de 33 mil compartilhamentos. [3]
E você: tem opinião formada? A denúncia por racismo foi um movimento político ou realmente havia fundamento? Vote agora mesmo na enquete abaixo, que ficará no ar até o próximo sábado (21).
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