No último mês de março, a figura do analista político Luciano Ayan, pseudônimo de Carlos Afonso, ficou em evidência devido a uma polêmica relacionada ao assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco. Grandes veículos de comunicação associaram seu perfil e seu site, o Ceticismo Político, à disseminação de “Fake News” sobre a vereadora, e sua página e seu perfil no Facebook foram desativados. Em entrevista ao Boletim, diante dos fatos, ele afirmou que não pretendia retornar à rede social.
No último dia 6, porém, Ayan voltou a atualizar o Ceticismo, com estética ligeiramente modificada, e disse na seção de comentários que está cogitando um retorno ao Facebook. “Ainda estou avaliando”, respondeu a uma leitora. “O foco será nos assinantes da newsletter, pois o conteúdo será bastante técnico”. O “conteúdo técnico” a que ele se refere é uma nova metodologia para combater a censura nas redes sociais. [1]
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Na publicação em que anuncia o retorno, ele diz que aproveitou o período de quase 50 dias de ausência da Internet para coletar evidências contra seus inimigos e “desenvolver um método amplo para que pessoas que atuem pela censura pudessem ser expostas”. Esse método, a seu ver, será uma ferramenta indispensável para a nova “missão da direita”, que deve ser utilizar a guerra política para triunfar “na batalha mais importante dos últimos tempos, que é a luta pela liberdade de expressão nas redes”.
Embora reconheça que alguns casos demandariam recurso à esfera judicial, o sistema desenvolvido por Ayan, que ele pretende apresentar em detalhes em seu site a partir de agora, visa “checar os checadores”, evidenciando e comprovando o viés de suas atitudes e a prática da censura, incorporando elementos de Auditoria de Sistemas, transferidos para a análise comportamental. Ao anunciar sua nova tarefa de conscientização e mobilização, Ayan acrescentou que um “setor da direita” também estaria “fornecendo as narrativas para que a extrema esquerda na mídia pudesse atuar mais livremente”.
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