Homens mais musculosos e que dedicam mais tempo à academia são menos propensos a apoiar ideias de redistribuição de riquezas e igualdade econômica. Ao menos é essa a conclusão preliminar de um estudo feito pela Brunel University London, da Inglaterra. [1]
A pesquisa, conduzida por um professor da Faculdade de Saúde e Ciências da Vida, foi baseada na avaliação de 171 homens, que tiveram medidas altura, peso, tamanho da cintura, circunferência muscular flexionada e relaxada e força no braço e peito.
A mesma correlação valeu para homens com muito ou pouco dinheiro. Os homens com atributos físicos mais intimidadores e que são ricos são tão propensos a serem contra a redistribuição de riquezas como homens com menos dinheiro, que, em tese, poderiam desejar a redistribuição.
Não se tratou da primeira pesquisa que indica uma correlação entre formas do corpo à defesa de ideias ligadas à direita ou à esquerda. O professor Michael Prince, porém, observou que mesmo assim os resultados podem ser “ambíguos”:
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“Ser musculoso faz com que os homens sejam menos igualitários, ou os homens que são menos igualitários é que tendem a se dedicar menos à musculação?”, questionou.
A Brunel University London observou, na divulgação da pesquisa, que, para aprofundar o assunto, uma boa ideia são novas estudos que visem correlacionar narcisismo com a propensão de ter mais indiferença em relação à desigualdade, por exemplo.
Cabe pontuar, por fim, que redistribuição de riquezas e a ênfase discursiva pela igualdade costumam ser bandeiras associadas à esquerda, enquanto que a liberdade e a meritocracia são pautas geralmente defendidas por pessoas que se identificam com a direita.
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