O presidente do movimento Livres, Paulo Gontijo, lamentou-se no início da tarde desta sexta-feira (1º) sobre o pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. O ativista aproveitou e criticou também o subsídio ao diesel cedido pelo governo após a greve dos caminhoneiros. [1] [2]
“Pedro Parente era a pessoa que defendia que o preço do combustível tinha que variar com o mercado internacional. Isso significava que, subindo ou descendo, você não pagava através de dinheiro público o combustível que outras pessoas usam. Se você usa álcool, por exemplo, você não paga para quem usa diesel”, disse.
Chamando os caminhoneiros de “uma corporação”, Gontijo definiu o resultado da paralisação como “um passo para trás” e uma “vitória da turma da boquinha”:
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“O que acontece, agora, é que depois dessa greve, uma corporação – os caminhoneiros – ganharam o direito de ter o seu combustível com uma parte financiada pelo dinheiro público. Significa que você, que não usa diesel, vai ter que pagar pelo diesel dos outros. Isso é mais uma vitória do corporativismo, da turma da boquinha, e mais um passo para trás do nosso país que anda de costas rumo ao abismo”, concluiu.
Polêmica do combustível
A opinião de Paulo Gontijo vai de encontro à opinião de Jair Bolsonaro, pré-candidato à presidência da República pelo PSL e que cuja entrada no partido foi o estopim da saída do Livres da legenda. Ao contrário do presidente do Livres, o deputado federal defendeu que o preço dos combustíveis no Brasil podem ser mais baratos pois parte da produção é nacional.
“O que vem de fora, de petróleo para cá, é em torno de 20%. Ou seja, acompanhar o preço internacional com uma minoria entrando aqui, isso é um mau caratismo no mínimo. E para tapar o rombo da Petrobras, o governo quer arrombar o bolso dos brasileiros, entre eles os caminhoneiros”, disse Bolsonaro em vídeo publicado na última sexta-feira (25).
Ao longo da greve, uma das principais reclamações dos sindicalistas era a variação diária do preço do diesel acompanhando o mercado. Em nome da estabilidade, pediram maior controle do governo sobre os preços cobrados pelos postos. Um dos sindicalistas chegou ao ponto de dizer que os caminhoneiros não deveriam ser influenciados pelo o que ocorre no cenário internacional.
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