Os principais veículos de comunicação do Brasil decidiram cobrir negativamente a saída diplomática adotada pelo presidente norte-americano Donald Trump em relação à Coreia do Norte. A nova edição da revista Veja, por exemplo, retrata o encontro de Kim Jong-Un com Trump como um triunfo do norte-coreano.
“Kim, o líder norte-coreano que era tratado como lunático, consegue uma vitória estrondosa ao levar Trump à mesa de negociações”, diz a revista, ignorando que a negociação envolve a promessa de desnuclearização do país comunista, que chegou a desenvolver protótipos de mísseis balísticos intercontinentais, capazes de atingir o território americano. [2]
Rodrigo Constantino, presidente do conselho deliberativo do tradicional Instituto Liberal e blogueiro da Gazeta do Povo, criticou a capa de Veja, revista que ele chegou a integrar no passado:
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“Que coisa vergonhosa! A mídia acha que o público vai esquecer o tratamento dado a Obama e a previsão de caos com Trump? Isso é tratar consumidor como idiota”, disse. [3]
Alexandre Borges, formador de opinião conservador e ex-diretor do Instituto Liberal, rotulou a capa como símbolo da “era da pós-verdade e da falta de vergonha”. “É esse pessoal da velha imprensa que vai escolher o que você pode ou não ler nas redes sociais?”. [4]
De acordo com uma pesquisa da Ipsos/Reuters, a maioria dos americanos aprovou a negociação de Trump. O presidente norte-americano, após conseguir o histórico acordo, também passou a ser ainda mais cotado para o Prêmio Nobel da Paz. Algo que, certamente, a imprensa tradicional do Brasil, desde sempre com má vontade em relação aos presidentes do Partido Republicano, não vai gostar nada de noticiar. [5]
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