O Movimento Brasil Livre publicou nesta quinta-feira (5) um vídeo para deixar um recado ao youtuber Júlio Cocielo, que foi vítima de diversos ataques nas redes sociais após um controverso comentário sobre a Copa do Mundo.
No último sábado (29), Cocielo, que tem mais de 7 milhões de seguidores no Twitter, associou a velocidade de um jogador negro da seleção francesa a arrastões. Para parte do público, tratou-se de uma referência racial preconceituosa. Desde então, personalidades têm defendido um boicote ao influenciador digital, que teve contratos cancelados em virtude da polêmica.
Para Renan Santos, coordenador nacional do MBL, as pessoas que perseguiram Cocielo têm uma agenda em comum e esse mesmo tipo de ataque o MBL também sofreu ao longo dos últimos anos.
“A gente não está entrando aqui tratando das piadas em si, do conteúdo. Se a piada é boa ou ruim, ofendeu ou não ofendeu, pra gente não importa. As pessoas que têm uma agenda, que te perseguiram, acabaram com uns contratos seus e tiraram dinheiro do seu bolso, causando verdadeiro linchamento social com você, são as mesmas que já fazem com a gente [do MBL] há pelo menos quatro anos”, disse Renan dirigindo-se ao youtuber.
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Kim Kataguiri, pré-candidato a deputado federal pelo DEM e também coordenador do Movimento Brasil Livre, considerou que a postura desses ativistas é hipócrita e seletiva:
“É uma arma política. É uma maneira de atacar os outros e não uma maneira de proteger minorias. Minorias, para eles, são massa de manobra que eles usam para ter voto, que eles usam como projeto de poder. Que eles usam como instrumento, como se fossem coisas. Usam tragédia, usam sofrimento humano, como moeda política. Não aplicam isso para eles mesmos. Justamente porque sabem que não estão protegendo minoria nenhuma”, disse.
Ao fim, Kim e Renan observaram ainda que essas mesmas pessoas e grupos que perseguiram o youtuber Júlio Cocielo pela piada se calaram diante das recentes ofensas de Ciro Gomes a Fernando Holiday. O pré-candidato à presidência pelo PDT chamou o vereador de São Paulo, ligado ao MBL, de “capitão do mato”.
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