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Em reunião gravada, Prefeito do Rio dá a entender favorecimentos a uma religião

Reunião foi gravada por jornal carioca e gerou críticas ao Prefeito, que embora líder religioso, prometeu administrar a cidade com laicidade; vereador do NOVO, Leandro Lyra considerou atitude 'inaceitável'
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Foto: Reprodução/TV GLOBO)

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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Foto: Reprodução/TV GLOBO)

O Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), está envolvido em mais uma polêmica. Bispo licenciado de uma denominação evangélica, o político foi gravado pelo jornal O Globo durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (5) em que oferece vantagens ao seu grupo político-religioso. [1]

Realizado no Palácio da Cidade, uma das sedes da Prefeitura do Rio, Crivella encontrou-se com pastores da cidade e, claramente, fala em facilidades para aqueles que procurarem pessoas específicas na administração pública. Dentre elas, procedimentos de saúde e intervenções urbanas que ajudassem o fluxo de pessoas nas igrejas evangélicas.

Na Câmara Municipal, as reações foram imediatas. Vereadores da cidade começam a articular a possibilidade de um impeachment. O recesso parlamentar poderá ser paralisado para que o fato seja discutido. [2]

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Primeiro político eleito pelo NOVO no Rio de Janeiro, Leandro Lyra também manifestou-se sobre o episódio em suas redes sociais. Para ele, “a postura de Marcelo Crivella foi incompatível com as atribuições de um gestor público”. [3]

“É inaceitável que as filas de exames, os procedimentos cirúrgicos e os processos administrativos de isenções tributárias que correm a mando da Prefeitura do Rio tenham suas ordens alteradas ou seus trâmites influenciados a pretexto de atendimento de qualquer segmento específico, seja ele qual for”, escreveu o parlamentar.

Lyra complementou que a postura de Crivella fere os princípios da impessoalidade e da publicidade e que vai entrar com um requerimento de informações para apurar a reunião. Na noite desta sexta-feira (6), o Boletim da Liberdade entrou em contato com o vereador para saber se ele apoiará um impeachment do prefeito, mas ainda não recebeu resposta.

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