O pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido Novo, Marcelo Trindade, terá como coordenadora do programa de governo uma economista que, há poucos meses, defendeu Lula e criticou Sérgio Moro. [1]
Em artigo ao Jornal do Brasil, de viés de esquerda, publicado no dia 15 de abril, Eduarda La Rocque afirmou que a prisão do ex-presidente Lula “reacendeu a sensação de injustiça” e uniu “não só a esquerda como todos os defensores da democracia”. [2]
No mesmo texto, a economista, que também foi secretária de Fazenda do ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (na época, do PMDB), opinou que “Lula vem sendo perseguido pelo [juiz] Sergio Moro, pela mídia e pela elite” e que, diante dessa situação, “conclui” que o ex-presidente “não fazia parte do esquema de propinas”.
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“Basta usar o bom senso e comparar os valores envolvidos e o teor das provas dos demais indiciados ou presos da Lava Jato para ter convicção de que não era ele o ‘chefe da quadrilha'”, opinou La Rocque ao JB.
Eduarda La Rocque é economista e chegou a ser professora de Rodrigo Constantino, presidente do conselho deliberativo do Instituto Liberal.
Em 2016, no entanto, a especialista em finanças tida até então como liberal tomou uma decisão polêmica que suscitou críticas de seu ex-aluno: colaborar com o candidato do PSOL no Rio de Janeiro, Marcelo Freixo. “Grande decepção”, disse Constantino à época. [3]
Colegas de docência na PUC-Rio, Trindade, porém, não poupou elogios à Eduarda La Rocque. Em nota publicada em sua página no Facebook nesse domingo (8), ele afirmou que a economista possui “experiência administrativa, alinhamento ético e visão ampla das demandas sociais” e afirmou ser um “orgulho” ter ela em sua equipe.