As lideranças do Partido Novo decidiram se manifestar sobre a mobilização de filiados para questionar a escolha da economista Eduarda La Rocque, ex-conselheira econômica de Marcelo Freixo, para ajudar na elaboração do programa do pré-candidato da legenda ao governo do Rio, Marcelo Trindade. Depois de João Amoêdo, foi a vez de o partido se manifestar oficialmente, bem como o próprio Trindade e sua pré-candidata a vice, Carmen Migueles.
Em nota nesta segunda-feira (9), o Partido Novo se posicionou dizendo que, a despeito das qualidades profissionais da economista e das suas boas intenções, “ficou evidente por seus posicionamentos que tem muitas diferenças ideológicas em relação ao NOVO”. Diante disso, Trindade “percebeu a incompatibilidade da indicação e resolveu revertê-la”.
O NOVO reafirmou seu compromisso com seus princípios e sua confiança no professor da PUC: “suas ideias e competências são a melhor opção para conduzir a recuperação de que o Rio de Janeiro tanto necessita”.
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O que dizem os pré-candidatos
No mesmo dia, o próprio Marcelo Trindade enfatizou que La Rocque havia “generosamente superado suas diferenças ideológicas” para colaborar “tecnicamente” com o projeto, não sendo filiada a nenhum partido e nunca tendo sido acusada de qualquer ato de improbidade. Em seguida, divulgou uma carta enviada por La Rocque em que ela estaria demonstrando “espírito público e respeito” pelo partido.
No texto, La Rocque afirmou que havia enxergando na candidatura de Trindade uma “possibilidade de reunião (…) de forças éticas e comprometidas com a mudança, em prol da recuperação” do estado do Rio, mas, ao constatar que não teria apoio dentro do partido, decidiu se afastar “em prol do bom andamento de sua campanha” (a de Trindade). Ela agradeceu a “acolhida democrática e plural” do pré-candidato e ressaltou sua torcida para que ele consiga atingir seus objetivos e realizar um Rio de Janeiro mais justo.
Já a pré-candidata a vice-governadora, Carmen Migueles, replicando a carta de La Rocque e o comentário de Trindade, argumentou que “nem tudo no mundo da gestão pública e das propostas é pura ideologia” e “os conhecimentos técnicos e as experiências práticas que ela (La Rocque) trazia sem dúvida alguma seriam de imensa ajuda”.
Ela, que já foi candidata à prefeitura pelo partido, disse que “pura ideologia (…) faz parte do universo dos tolos”. Disse ainda que não sabe se terá paciência para enfrentar a intolerância e a “polarização política”. Confira:
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