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Facebook aperta o cerco contra páginas ligadas ao MBL e exclui coordenadores

Facebook afirmou que medida visou restringir "perfis falsos ou enganadores" e que rede atuava propagando notícias falsas; página do Movimento Brasil 200, de Flávio Rocha, foi deletada e deputado já fale em CPI
Em primeiro plano, Kim Kataguiri (à esquerda) e Renan Santos (à direita, com mão na cintura) em manifestação contra Dilma Rousseff em 2015 (Foto: Reprodução/El País)

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Em primeiro plano, Kim Kataguiri (à esquerda) e Renan Santos (à direita, com mão na cintura) em manifestação contra Dilma Rousseff em 2015 (Foto: Reprodução/El País)

O Facebook excluiu na manhã desta quarta-feira (25) dezenas de páginas e perfis ligados ao Movimento Brasil Livre. De acordo com o comunicado divulgado pela rede social, foram no total removidas 196 páginas e 87 contas pessoais – entre elas, a de Renan Santos e Eric Balbinus, ambos apresentadores do MBL News. [1][2]

Somadas, as páginas tinham mais de meio milhão de seguidores, de acordo com informações publicadas pela Reuters, e entre elas estavam as páginas dos blogs “Jornalivre” e “O Diário Nacional”, além do Movimento Brasil 200, fundado por Flávio Rocha, cujos conteúdos eram frequentemente compartilhados pelo MBL Nacional. A página principal do Movimento Brasil Livre, no entanto, segue no ar.

De acordo com o Facebook, o que motivou a ação foi a descoberta de uma rede formada de perfis “falsos ou enganadores” e que se dedicavam a produzir ou propagar notícias falsas. [3]

Respostas

Em nota, o MBL Nacional rechaçou a atitude da rede social, classificando-a como arbitrária. A entidade também observou que muitas das contas excluídas pertenciam a pessoas reais que já tinham disposto dados pessoais na plataforma, como telefone e endereço.

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Apesar disso, na nota, o Movimento Brasil Livre afirmou que a atitude do Facebook não é surpreendente e que postula similar se vê em todo o mundo “ao perseguir, coibir, manipular dados e inventar alegações esdrúxulas contra grupos”.

“Liberdade de expressão e democracia são pilares do MBL, iremos utilizar todos os recursos midiáticos legais e políticos que a democracia nos oferece para recuperar as páginas derrubadas e reverter a perseguição sofrida, com consequências exemplares para essa empresa”, concluiu a nota. [4]

Flávio Rocha, fundador do Movimento Brasil 200, que teve a página deletada, também manifestou-se nas redes sociais. Ele considerou a medida “uma violência” e conclamou a “bancada do Brasil 200 no Congresso Nacional a tomar posição sobre essa arbitrariedade”. “Nem no tempo da ditadura se verificava tamanho absurdo”, disse. [5]

Eric Balbinus, do MBL e também autor do blog “O Reacionário” e que teve sua conta deletada no Facebook, garantiu em sua conta no Twitter que entrará na Justiça para que a rede social prove “cada vírgula” de acusação.

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“Não é preciso ir longe para provar que o Facebook mente sobre as fake news. Só lembrar que nenhuma página foi derrubada por divulgar a mentira de que o juiz Moro estava de férias em Portugal quando passou por cima do lacaio Favreto ou por dizerem que o mesmo é filiado ao PSDB”, disse.

CPI do Facebook

No Congresso Nacional, começa a ser aventada a possibilidade de uma CPI do Facebook. O deputado Jerônimo Gorgen (PP) publicou um vídeo nas redes sociais onde diz que “não pode de forma alguma admitir em nome da democracia do Brasil que uma empresa privada selecione aquilo que seja comunicado à soceidade”.

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“Estamos estudando a possibilidade de recolhermos assinaturas para [fazer] uma CPI do Facebook para evitar fatos como esses que são lamentáveis nesse momento do Brasil”, disse.

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