O engenheiro Roberto Motta, cofundador do Partido Novo ao lado de João Amoêdo, defendeu em seu Twitter na manhã desta quarta-feira (26) que os apoiadores da legenda votem em Jair Bolsonaro (PSL) à presidência da República. Por telefone, ao Boletim da Liberdade, ele disse ainda que se fosse ele candidato ao Palácio do Planalto pela agremiação, renunciaria a posição e se encontraria no hospital de Bolsonaro para endossar sua candidatura. [1][2][3]
Para Motta, que também é ativista em segurança pública e concorre a deputado federal pelo PSC do Rio de Janeiro, “nossa liberdade não dura 3 meses em uma gestão Haddad (PT)”.
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“A volta do PT significará a institucionalização do ódio, a explosão do crime e emigração em massa. Votem 17. Nem todo mundo pode ir morar em Lisboa”, escreveu no Twitter.
Apoiadores do Novo: votem @jairbolsonaro. Fui um dos 2 criadores do Novo. Nossa liberdade não dura 3 meses em uma gestão Haddad. A volta do PT significará a institucionalização do ódio, a explosão do crime e emigração em massa. Votem 17. Nem todo mundo pode ir morar em Lisboa. pic.twitter.com/YYMw8LUkEQ
— Roberto Motta (@rmotta2) 26 de setembro de 2018
Por telefone, ao Boletim da Liberdade, Motta ressaltou que a sua opinião “não é nenhum desrespeito pessoal, nem nenhum demérito, ao candidato do NOVO [João Amoêdo]”. Alguns veículos de comunicação que cobriram as críticas de Motta à atual gestão do partido chamaram as ponderações como um “ataque a Amoêdo”. [4]
“Eu respeito as qualificações dele. Acho que ele tem mérito para concorrer. A minha recomendação e o meu apelo aos apoiadores do NOVO é uma reação à situação que eu vejo na minha frente todos os dias. Nos últimos seis meses, tenho andado pelo país. Vi a realidade do Brasil de Porto Alegre a Manaus. Não tenho nenhuma dúvida da vitória esmagadora de Bolsonaro. O descompasso entre o que as pesquisas estão mostrando e a realidade das ruas é tão grande que começa a me deixar preocupado”, afirmou.
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Em seguida, Motta reforçou que acredita que o candidato do PSL vai ganhar no primeiro turno. “E vai ganhar por uma margem que vai deixar muito analista de boca aberta e vai provocar um questionamento muito grande da forma com a qual a política é praticada no nosso país”, disse.
A opinião de Motta é contrária ao que compreende Amoêdo, que defendeu o voto por convicção no primeiro turno por acreditar que o segundo irá ocorrer de qualquer modo.
E se Roberto Motta ainda estivesse no partido?
“Para responder a essa pergunta, teríamos que entrar na máquina do tempo e voltar lá no dia que o NOVO foi criado. Por que a gente criou o NOVO? A gente criou o NOVO para dar ao cidadão comum uma chance de chegar ao poder e mudar as instituições desse país para que elas passem a atender o cidadão comum e não aos que estão lá em cima. Esse era o nosso objetivo”, afirmou.
Para o cofundador do partido, “uma candidatura inspirada nos princípios do NOVO não era [pra ter] como objetivo engrandecer o candidato. O objetivo era servir o país. E como é que você vai servir ao país colaborando para aumentar o risco de o PT ganhar essa eleição?”.
“Se eu tivesse nesse lugar [como candidato a presidente], o que eu faria seria pegar um avião, ir lá no [hospital Albert] Eistein, ficar ao lado da cama dele [Jair Bolsonaro], chamar a televisão e dizer: ‘em nome das razões pelas quais criamos o partido e em nome da sociedade e do futuro dos nossos filhos, estou aqui e agora retirando minha candidatura, dando o meu apoio e pedindo a todos os filiados que votem no capitão Jair Bolsonaro'”.
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