O candidato do Partido Novo ao governo de Minas Gerais, único a ser convidado a um debate da TV Globo por pontuar com mais de 6% nas pesquisas de intenção de voto, encerrou sua participação na emissora com uma declaração polêmica. Além de João Amoêdo, candidato de seu partido, Romeu Zema recomendou o voto em Jair Bolsonaro (PSL). [1]
“Aqueles que querem mudança com certeza podem votar nos candidatos diferentes, que são o Amoêdo e o Bolsonaro”, afirmou, após defender o voto nos candidatos a deputado do NOVO.
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Pouco depois do término do debate, ainda na madrugada, o partido manifestou-se no Twitter sobre o ocorrido. Em nota que não foi assinada, a legenda afirmou que considerou o “pedido de voto a outro candidato, como fez Romeu Zema, infidelidade partidária”. [2]
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“Trabalhamos dia e noite para que João Amoêdo chegue ao segundo turno e continue nos dando orgulho ao representar o que realmente significa ser NOVO”, complementa a nota.
Consideramos pedido de voto a outro candidato, como fez @RomeuZema30, infidelidade partidária, conforme previsto em nosso Estatuto. Trabalhamos dia e noite para que @joaoamoedonovo chegue ao 2º turno e continue nos dando orgulho ao representar o que realmente significa ser NOVO.
— NOVO 30 (@partidonovo30) 3 de outubro de 2018
Na rede, os internautas se dividiram em relação ao posicionamento do partido. Alguns reclamaram que a nota pode prejudicar o candidato ao governo de Minas, que vem crescendo nas pesquisas, logo na reta final. Outros, porém, afirmaram que a declaração de Zema foi uma decepção.
Em terceiro lugar nas pesquisas, atrás apenas de Antonio Anastasia (PSDB) e Fernando Pimentel (PT), uma coisa é certa: com a declaração, Romeu Zema tenta atrair a simpatia do eleitorado de Bolsonaro, que são 34% no estado. Atualmente, Zema estaria fora do segundo turno, com apenas 9% das intenções de voto. [3]
Nota oficial do Partido Novo
Segue a nota da legenda na íntegra:
“A declaração dada por Romeu Zema em suas considerações finais no debate de ontem da Rede Globo Minas, pedindo voto para candidato de outro partido, é inaceitável, viola o estatuto do Partido NOVO e configura infidelidade partidária.
O artigo 16, parágrafo único, do estatuto do NOVO considera que “nas situações equívocas de campanha, em que possa parecer existir aliança ou atuação conjunta com candidato de outro partido fora das hipóteses de coligação oficial, o candidato do NOVO deverá pronunciar-se clara e abertamente contra a existência de aliança”.
O partido e seus filiados e apoiadores trabalham dia e noite para que João Amoêdo chegue ao segundo turno e continue nos dando orgulho de representar o NOVO e a mostrar ao país ser o único caminho para a renovação que a política brasileira precisa. E também para que todos os candidatos do partido a governador e ao Legislativo sejam bem sucedidos em suas disputas.
Coerência com nossos princípios e valores e compromisso com a transparência são fundamentais para o NOVO, mais importantes do que eventuais benefícios eleitorais de ocasião.
Romeu Zema e a coordenação de sua campanha já foram avisados sobre o posicionamento do Partido em relação a esse episódio”.
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