Os liberais do Rio de Janeiro estão divididos em quem apoiar no segundo turno. De um lado da disputa, está Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito do Rio, candidato da continuidade e alinhado politicamente ao ex-governador Sergio Cabral, condenado por corrupção. De outro, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), pouco conhecido, sem experiência administrativa e com fatos controversos recentes que maculam sua campanha – entre eles, a divulgação de um vídeo onde aparece ensinando como ganhar um acréscimo no salário de juiz e a revelação de que não respeitou a privacidade do filho transexual. [1][2]
Ao lado do democrata, estão nomes como Paulo Gontijo, ex-presidente do Livres e que candidatou-se a deputado estadual nessas eleições. Em vídeo, Gontijo pediu voto a Eduardo Paes e revelou que, no passado, seu adversário, Wilson Witzel, chegou a cogitar entrar no Livres:
“No segundo turno, está mais claro descobrir quem é quem. Eu conheci o ex-juiz Witzel lá atrás. É uma pessoa que esteve próxima de entrar no Livres, não vou fazer um vídeo atacando ninguém, mas eu acho que o Eduardo é mais preparado, [possui] mais capacidade de entrega e [tem] menos traços autoritários”, disse.
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A campanha de Witzel, por sua vez, conta com o endosso de Bernardo Santoro, diretor jurídico do Instituto Liberal, e Roberto Motta, um dos cofundadores do Partido Novo e atualmente no PSC.
“Quem fez o Plano de Governo, em conjunto com o Wilson e uma série de especialistas de cada área, fui eu. O que nós estamos vendo nesse momento é ruir o establishment político do Rio de Janeiro. Nós vamos varrer todos os contratos do governo do Estado do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. Não vai sobrar pedra sobre pedra. Se uma agulha tiver sido superfaturada, vamos levar para o MP e colocar na cadeia esses vagabundos”, disse Santoro no caminhão do MBL no Rio de Janeiro. Maior parte das lideranças do MBL local também tendem a apoiar o ex-juiz. [3]
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Motta, por sua vez, que também tem apoiado desde o primeiro turno a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência da República, disse que Witzel é alguém “do calibre do [ex-governador] Carlos Lacerda”.
“As escolhas políticas do Rio de Janeiro têm sido ruins. Nós vivemos num atoleiro de populismo, corrupção e crime. Esse é o resumo da história política do Rio de Janeiro nas últimas décadas. Agora, temos uma chance de quebrar isso com o Wilson Witzel. Ele não é um salvador da pátria, assim como Bolsonaro não é. A marca do Wilson é a sua coragem, destemor e determinação de deixar uma situação confortável, de juiz federal, para ser candidato ao Governo do Estado”, afirmou Motta em transmissão ao vivo nas redes sociais. [4]
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