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Roberto Motta: eleição de Eduardo Paes tornará o Rio refúgio de petistas

Engenheiro considera que a escolha de liberais e conservadores para Wilson Witzel é natural e frisou que a discussão de se colocar um cidadão comum nos cargos de poder é antiga no movimento
Roberto Motta e Wilson Witzel (Foto: Reprodução/Facebook)

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Roberto Motta e Wilson Witzel (Foto: Reprodução/Facebook)

O engenheiro Roberto Motta, ex-candidato a deputado federal pelo PSC, militante do MBL e, no passado, um dos fundadores do Partido Novo, afirmou ao Boletim da Liberdade que não compreende a razão da divisão dos liberais na eleição ao governo do Rio de Janeiro.

Ele considera que o ex-juiz federal Wilson Witzel, do qual participa diretamente da campanha ao lado do advogado Bernardo Santoro, diretor jurídico do Instituto Liberal, é o “representante legítimo dos liberais e conservadores” no estado.

“O alinhamento do Witzel com o Bolsonaro é claro e explícito, ao contrário da campanha de Eduardo Paes que, além de contar com o endosso de candidatos de esquerda, tem longo passado com o petismo”, afirmou Motta, para quem a “eventual vitória de Eduardo Paes pode fazer com que o Rio de Janeiro se torne um refúgio de todos os petistas que serão faxinados da administração federal”.

Confira, abaixo, os principais pontos da conversa que Motta, que é ativista em segurança pública, trouxe ao Boletim:

Falta de experiência de Witzel

“Era exatamente o mesmo argumento utilizado quando a [ex-juíza] Denise Frossard concorreu contra Sérgio Cabral [em 2006]. De um lado, você tinha um juiz e, do outro lado, um político super habilidoso. Olha o que aconteceu com o nosso estado. Imagina como a nossa história teria sido diferente se a Denise tivesse sido eleita. Esse discurso da experiência é uma falácia porque todo político no executivo tem uma primeira vez. Na primeira eleição do Eduardo Paes, ele nunca tinha sido prefeito antes. Na primeira eleição do Sérgio Cabral, também.

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O Wilson tem uma carreira de 16 anos na Justiça Federal, uma carreira bem sucedida, foi defensor público, funcionário da prefeitura e fuzileiro naval. Para todas essas funções, precisou passar por um rigoroso processo seletivo, fazendo prova. Quem conhece o Wilson pessoalmente sabe que ele tem uma inteligência muito acima da média. Uma capacidade de trabalho gigantesca

Aliás, nós, liberais, estamos discutindo colocar pessoas comuns na política há dez anos. É justamente isso o que procurávamos, alguém sem vícios, um cidadão comum, com trabalho demonstrado, e dar uma chance a ele na política. Era justamente esse o discurso que originou o Partido Novo. Ou seja, selecionar a pessoa pela capacidade de executor, administrador, e não de político.”

O ex-juiz federal Wilson Witzel em campanha, no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

Declaração de que prenderia Paes em debate

“Se a gente vai julgar as pessoas por uma frase que elas disseram, eu sugiro que julguem o Eduardo Paes por aquela frase que ele disse que deve a carreira dele ao Lula e ao Cabral, que foi vazada com a ligação liberada pelo [juiz Sérgio] Moro. Ou até aquela frase quando ele afirmou que era um soldado do Lula. Vamos ver qual é a frase mais importante.

Vale lembrar que o Wilson Witzel não é um político profissional. Não tem milhões de horas de mídia training. Não participou de centenas de debates antes. Ele simplesmente foi um cidadão comum, que exerceu uma profissão altamente honrada – onde a honra é muito importante -, e teve sua honra atacada. Reagiu da forma que vários nós teríamos reagido. Colocar isso no mesmo peso dessas declarações do Eduardo Paes é errado.

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Pela função que exerceu de juiz, tem sim uma postura mais séria. Não é um populista, tampouco um político profissional que sabe a hora de dar tchauzinho, sorrir e outras coisas que os políticos profissionais fazem”

Para Roberto Motta, Wilson Witzel é comparado à eleição de 2006 onde Sérgio Cabral concorreu pela primeira vez. E contra uma juíza: Denise Frossard. Na foto, Wilson Witzel e Roberto Motta, que estão juntos na campanha. (Foto: Reprodução/Facebook)

Segurança Pública

“O Wilson é o único que tem propostas diferentes sobre segurança pública. Tudo o que o Eduardo Paes diz sobre segurança pública são platitudes, ao melhor estilo do Instituto Igarapé. Não há inovação, nem posicionamento moral. A crise na segurança pública do Brasil começa com uma questão moral: a decisão da esquerda e do PT de colocar o criminoso numa posição protegida e demonizar a polícia.

Uma das ideias dele, por exemplo, é a extinção do formato atual da secretaria de segurança pública, transformando-a em algo menor e diretamente ligada ao governador. Outra é criar a [Operação] Lava Jato carioca, que irá em cima da lavagem de dinheiro, que funciona através de um mecanismo com pessoas altamente visíveis e poderosas na sociedade carioca.

Quem vê esses seriados de televisão como Narcos Breaking Bad já sabe que a grande questão do tráfico de drogas é como se lava dinheiro. O tráfico de drogas gera uma quantidade gigantesca de dinheiro, que depois precisa entrar no sistema formal de alguma forma. Com uma força-tarefa para investigar isso, será quebrada uma das pernas do tráfico.”

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Autoritarismo policial com o excludente de ilicitude

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“Essa discussão vem de um posicionamento do Jair Bolsonaro. Isso significa apenas a reversão de uma situação atual. Hoje, existe o excludente de ilicitude para o criminoso, algo embutido na legislação penal, pelo Judiciário e pelo Ministério Público. Houve um caso de um policial, em outro estado, em que o bandido atirou no policial e a arma falhou. O policial atirou, matou o bandido, e o MP entrou com uma representação contra o policial porque a arma havia falhado. Isso não é exceção.

As pessoas que falam isso ignoram que, anualmente, morrem 63 mil pessoas – dos quais apenas 8% dos casos são esclarecidos. As pessoas que reclamam das eventuais mortes após o excludente de ilicitude são cegas quanto ao total de assassinados hoje. Só na era PT, somando, dá quase 1 milhão de pessoas [assassinadas]. A preocupação de organizações como o Instituto Igarapé, o Sou da Paz e o Viva Rio, que – aliás – apoiam Eduardo Paes, porém, é apenas com o excludente de ilicitude.

A posição do Wilson é clara: ele não tolera nenhum abuso de policial. A campanha dele também é balizada pelo respeito aos direitos humanos. Mas ele é só atacado: uma vez, falou que defende do teste de integridade. O teste de integridade é uma demonstração clara da preocupação dele em manter os bons servidores públicos e as forças de segurança alertas ao fato de que devem obedecer a lei. E o que a imprensa fez? Rebatizou o teste de integridade, defendido por ele, de “pegadinha” e usou para atacar o Wilson.”

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