Depois de Geraldo Alckmin (PSDB), manifestaram-se também nesta terça-feira (30) contra as declarações de Jair Bolsonaro sobre o jornal Folha de S. Paulo o ex-candidato à presidência da República João Amoêdo (NOVO) e o movimento suprapartidário Livres. [1][2]
Para Amoêdo, a “verba para propaganda oficial do governo deve ser restrita apenas a campanhas de utilidade pública” e “aplicados com critérios objetivos de relevância, e não de forma discricionária, ao gosto do governante”.
Em entrevista ao vivo no Jornal Nacional, Bolsonaro defendeu cortes de anúncios públicos na Folha por considerar que o jornal não faz um bom trabalho jornalístico, citando como exemplos reportagens sobre sua ex-assessora parlamentar Wal e supostas doações de empresários para difusão de mensagens via WhatsApp. [3]
“O dinheiro público não é dinheiro do governante, é do cidadão”, frisou Amoêdo, que conta com mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais.
Já para o Livres, “manipular a publicidade é chantagear a imprensa” e as declarações do presidente eleito são contraditórias como o compromisso de “defender a imprensa livre”.
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“Com olhos rigorosos, poderíamos dizer que o presidente eleito está usando uma novilingua, típica das distopias de George Orwell: genericamente, afirma o oposto do que fará de concreto”, diz a nota da organização, que afirma defender regulamentação para o uso dessa verba que reduza o poder dos governantes.
Para o Livres, “a publicidade estatal deve obedecer a critérios puramente técnicos, ligados aos níveis de audiência dos veículos”.
“A ideia de manipular os recursos de acordo com o interesse do governante de plantão é autoritária, pois busca cooptar a mídia através de chantagem financeira. Fazer isso é atuar contra a liberdade de imprensa”, afirmou o movimento.
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