O juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser Ministro da Justiça. A informação foi publicada primeiramente pelo site O Antagonista e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo. [1][2]
A reunião durou cerca de uma hora e meia. Para aceitar o cargo, Moro defendeu a implementação de uma “forte agenda anticrroupção e anticrime organizado”.
Antes mesmo de assumir o posto, para “evitar controvérsias desnecessárias”, Moro deixará imediatamente os processos que conduzia em Curitiba – inclusive, o julgamento do ex-presidente Lula no que tange ao sítio de Atibaia.
Confira, abaixo, a nota completa: [3]
“Nota Oficial:
Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão.
Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei honrado o convite.
Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura.
No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão.
Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior.
A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências.
Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.
Curitiba, 1 de novembro de 2018.
Sergio Fernando Moro”
ATUALIZADO às 11h25 do dia 01/11 para incluir a nota do juiz Sérgio Moro.
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