Referência no combate à corrupção no Brasil, o ex-juiz Sérgio Moro não foi escolhido por acaso pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para o Ministério da Justiça. Mesmo que por não quererem que o governo monopolize os dividendos eleitorais das suas medidas, o fato é que diferentes deputados, da direita à esquerda, estão se mobilizando para uma frente parlamentar anticorrupção. [1]
O objetivo declarado, divulgado em matéria da Folha desta sexta-feira (16), é dar sustentação aos projetos concebidos por Moro. A iniciativa é liderada, entre outros, por Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Luiz Flávio Gomes (PSB-SP), Alessandro Molon (PSB-RJ) e Vinicius Poit (NOVO-RJ), e prometeu convidar Moro e o procurador Deltan Dallagnol, ativista pelo endurecimento na investigação e punição de crimes de corrupção, para sua primeira reunião no próximo mês.
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Randolfe, por exemplo, que já foi do PSOL, disse que é oposição a Bolsonaro, mas as medidas da Transparência Internacional transformadas por Moro em seu programa têm seu apoio e ultrapassam as divisões partidárias. O pacote contém 70 propostas levantadas porque a entidade via ilegalidades nas dez medidas contra a corrupção que tiveram a relatoria de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) no Congresso.
Randolfe defendeu que medidas como a escolha do futuro procurador-geral da República por meio de lista tríplice, algo que incomodaria Bolsonaro, também devem ser pautadas. O representante do NOVO, Vinicius Poit, comentou: “Não vai ser fácil aprovar as medidas porque o Congresso continua viciado na prática do toma-lá-dá-cá e os parlamentares não estão interessados em cortar privilégios”. A matéria também dá conta de que os representantes da Frente não contam com o apoio da bancada petista para o esforço conjunto.
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