Uma reportagem publicada na noite desta terça-feira (20) pelo site do jornal Folha de S. Paulo porá ainda mais dúvidas sobre as intenções da criação do programa “Mais Médicos”, lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2013. [1]
Polêmico devido a extensa contratação de médicos cubanos que não recebem a integralidade da remuneração paga pelo Brasil e também não prestam o exame de revalidação do diploma, a investigação denunciou que o programa foi articulado, na realidade, entre os anos de 2011 e 2012.
Além de quebrar o discurso oficial de que a iniciativa surgiu como resposta às grandes manifestações de rua eclodidas em 2013, a reportagem observou que houve negociações “sigilosas” entre autoridades brasileiras e cubanas desde o início do processo.
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Cuba teria feito inúmeras exigências na negociação – quase todas atendidas pelo governo brasileiro. Na articulação, segundo telegramas oficiais, foi previsto inclusive o modo de o programa ser posto em prática com menos riscos, evitando, por exemplo, passar pelo Congresso Nacional.
Nesse sentido, descobriu-se que era mais conveniente fazer um “contrato comercial de compra de serviços médicos” utilizando um intermediário, a Organização Pan-Americana de Saúde, em vez de um acordo formal entre governos.
Uma das principais críticas feitas por lideranças políticas à direita era que o programa “Mais Médicos”, na prática, também tinha uma finalidade política do PT: ajudar a financiar a ditadura de Cuba.
Nos últimos dias, o governo cubano solicitou o regresso dos milhares de médicos ainda instalados no Brasil após Bolsonaro declarar que revisaria os termos do acordo. Entre eles, a não-exigência da revalidação dos diplomas internacionais e o não-recebimento por parte dos cubanos da integralidade do salário (atualmente, parte deles vai para o governo da ilha).
Para ler a reportagem da Folha de S. Paulo na íntegra, clique aqui.
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