A “cidade-luz” vive dias de tensão diante da medida impopular do presidente Emmanuel Macron de criar um “imposto ecológico”, estopim para uma revolta social mais ampla contra o aumento do custo de vida e a queda do poder de compra. Neste sábado (1), Paris foi palco de manifestações violentas e confrontos com a polícia. [1] [2]
Pelo menos 205 pessoas foram presas e 65 ficaram feridas durante a repressão policial a manifestações com vandalismo e bloqueio de ruas na Avenida Champs Elysées. As lojas da tradicional Galeria Lafayette e da Printemps foram evacuadas e incêndios colocaram em risco vários prédios no centro da cidade. Um fuzil também chegou a ser roubado de uma viatura da polícia francesa e o cenário de turbulência se alastrou por diferentes bairros da capital.
[wp_ad_camp_1]
As cenas, que lembram as últimas manifestações violentas em junho de 2013 no Brasil, são mobilizadas por grupos apelidados de “coletes amarelos”, que usam a peça como símbolo, já que é obrigatória para os veículos franceses. Os manifestantes estão insatisfeitos com o aumento no preço dos combustíveis devido à criação do chamado “imposto carbono”, que incide sobre o diesel na tentativa de torná-lo mais caro do que a gasolina, por poluir mais.
O presidente Macron lamenta a situação, mas faz questão de frisar que não pretende voltar atrás. “Devemos escutar os protestos de alarme social, mas não devemos fazer isso renunciando a nossas responsabilidades para hoje e amanhã, porque existe também um alarme ambiental”, afirmou. Diante disso, permanecem muitas incertezas quanto ao que está reservado para o futuro do governo francês.
[wp_ad_camp_3]