A Câmara Municipal de Niterói, no Rio de Janeiro, rejeitou na noite desta quarta-feira (12) os pedidos de impeachment do prefeito Rodrigo Neves (PDT), preso na última segunda-feira (10) em um desdobramento da Operação Lava Jato.
Dentre os votos contra os pedidos, protocolados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Advogados Pela Liberdade, estiveram o do vereador Leonardo Giordano, do PCdoB. Ao todo, apenas três vereadores foram favoráveis ao afastamento de Neves: um do PSL, outro do PSDB e um terceiro do PSOL. [1]
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Em nota do partido divulgada nas redes sociais do vereador e também lida em plenário, são utilizados argumentos como “judicialização da política” e “pouco respeito ao voto popular” para basear o voto contrário aos pedidos de impeachment do prefeito preso protocolados por grupos liberais. [2]
Embora tenha alegado defender a apuração da investigação, o partido comunista afirmou no texto que é contra “linchamentos públicos de personagens eleitos ao arrepio do desenrolar natural do devido processo legal”. Discurso muito próximo ao utilizado, na esfera federal, para defender a ex-presidente Dilma Rousseff do impeachment de 2015. Assim como ela, Rodrigo Neves foi filiado ao PT, desligando-se do partido apenas em 2016.
Prefeito de Niterói, cidade vizinha ao Rio de Janeiro e com quase 500 mil habitantes, Neves é acusado de participar do desvio de mais de R$ 10 milhões de dinheiro público por meio de propina com empresários do transporte público. [3]
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MBL crê em cassação no futuro
Autor de um dos pedidos de impeachment rejeitados na Câmara de Vereadores, o MBL local promete apresentar outro assim que novas provas forem sendo reveladas:
“A maioria das alegações era de que ainda não tinha provas concretas, consistentes, para se votar o impeachment. A gente acha que, mais cedo ou mais tarde, essas provas vão surgir. O discurso vai se repetir e irão ignorar as provas. Mas a gente vai protocolar outro pedido”, prometeu Bernardo Sampaio, coordenador do MBL no município, ao Boletim da Liberdade.
Para ele, a cassação virá de qualquer forma, seja pelo parlamento, seja pela Justiça.
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