A Bloomberg publicou no último dia 12 uma matéria repercutindo o momento de ascensão de economistas da Escola de Chicago a altos postos do governo federal, bem como, por consequência, das ideias liberais. De acordo com o texto, o Brasil vive um “momento Milton Friedman”. [1]
O veículo voltado para o mercado financeiro destaca que Paulo Guedes, o futuro “superministro” da Economia do presidente eleito Jair Bolsonaro, gosta de lembrar que foi aluno do famoso economista, ícone da Universidade de Chicago. A matéria faz questão de frisar que ele não está sozinho e nomeou colegas “chicaguistas” para chefiarem outros postos-chave, como a Petrobras e o Banco do Brasil.
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Para a Bloomberg, a popularidade de Bolsonaro permitiu que a agenda de “uma versão radical de economia neoliberal” de Chicago penetrasse o poder, diante de uma sociedade que nunca foi muito favorável a visões de livre mercado. Entrevistado, o diretor-presidente do Instituto Liberal, Lucas Berlanza, disse que nunca houve “uma constelação de estrelas do movimento liberal como essa” ocupando postos tão elevados.
O exemplo dos Chicago Boys, jovens economistas que aplicaram reformas baseadas na visão da escola econômica durante a ditadura chilena de Augusto Pinochet, estaria inspirando Paulo Guedes e seus colegas a promover uma alteração drástica na economia brasileira. A Bloomberg destaca, no entanto, que o “choque liberal” de Guedes e sua equipe terá que se impor aos interesses do Congresso brasileiro.
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