O ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo da Presidência, afirmou em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta quinta-feira (9) que a ideia do governo “não é acabar com a EBC”, referindo-se à Empresa Brasil de Comunicação. A estatal congrega diversas sub-empresas, como a emissora pública TV Brasil, lançada pelo governo Lula.
Cruz, que é general-de-divisão e já está na reserva, defendeu que a empresa passe “por modificações em curto-prazo para ter mais efetividade” e para poder “aproveitar ao máximo a estrutura”.
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“A EBC é uma empresa que tem duas televisões, oito emissoras de rádio e duas agências. É uma empresa que tem 2.025 pessoas. Precisa passar por uma racionalização de estrutura, sem dúvida nenhuma. Mas é preciso fazer isso respeitando os direitos daqueles que trabalham lá. Tem que otimizar o orçamento, diminuir despesas e aumentar a qualidade”, afirmou.
Segundo o ministro, outro objetivo do governo para com a empresa é “torná-la mais atualizada, mais ágil e sem ideologia”.
Contradição
Antes de tomar posse, contudo, não era esse o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à RecordTV, chegou a afirmar que sua ideia era “privatizar ou extinguir” a emissora pública.
“Não podemos gastar mais de 1 bilhão por ano com uma empresa que tem traço de audiência”, afirmou na ocasião, o que foi amplamente repercutido na imprensa. [1]
Diante da contradição, o presidente do conselho deliberativo do Instituto Liberal, Rodrigo Constantino, árduo defensor de privatizações e autor do livro “Privatize Já”, afirmou em suas redes sociais nesta quarta-feira (9) que o recuo é “inaceitável”. [2]
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