A turbulência política na Venezuela ganhou a arena internacional e agora Nicolás Maduro, que fez sua cerimônia de posse para novo mandato nesta quinta-feira (10), tem um desafiante autodeclarado. O líder oposicionista Juan Guaidó se declarou nesta sexta-feira (11) presidente interino do país e pediu ajuda das Forças Armadas para garantir sua posse. [1]
Guaidó é o chefe da Assembleia Nacional, o Parlamento venezuelano, e discursou perante centenas de manifestantes em Caracas alegando que a Constituição lhe dá legitimidade para assumir o cargo. “Preciso do apoio dos cidadãos para tornar isso uma realidade. Devem ser o povo da Venezuela, as Forças Armadas, a comunidade internacional que nos levam a assumir o mandato”.
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Luís Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), já se manifestou reconhecendo a presidência de Guaidó com base no artigo 233 da Constituição do país. O artigo diz que o presidente será substituído interinamente pela presidência do Legislativo quando a Assembleia e o Tribunal Supremo de Justiça considerarem que ele deve ser retirado do cargo.
Maduro chamou a declaração de “espetáculo” e sua ministra de serviços penitenciários, Iris Varela, disse que já montou uma cela especial para prender Guaidó. O Brasil, assim como os demais países do chamado “Grupo de Lima”, reconheceu a ilegitimidade do governo Maduro e disse que “continua comprometido a ajudar o povo venezuelano a recuperar a liberdade e a democracia”. [2]
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