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Steve Bannon receia que Paulo Guedes atrapalhe ‘ideias nacionalistas’, diz jornal

O filósofo e o ex-estrategista de campanha e governo do presidente dos Estados Unidos tiveram seu segundo encontro e discutiram a política de Bolsonaro
(Foto: Josias Teófilo / Instagram)

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(Foto: Josias Teófilo / Instagram)

O Estadão repercutiu um jantar oferecido na última sexta-feira (18) ao filósofo Olavo de Carvalho pelo ex-estrategista do governo de Donald Trump, Steve Bannon, em Washington. Entre outras coisas, de acordo com a reportagem, Bannon demonstrou preocupação com o ministro da Economia Paulo Guedes, que poderia ameaçar as “ideias nacionalistas”. [1]

O jantar aconteceu logo em seguida a uma visita de Bannon à casa de Olavo na Virgínia. Bannon aproveitou que Olavo já estava na capital, convidado para uma conversa por integrantes do Departamento de Estado americano. Bannon já tinha se encontrado com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, ainda na campanha eleitoral.

O americano elogiou políticos europeus considerados nacionalistas, como o italiano Matteo Salvini e o húngaro Viktor Orbán, e, na companhia de familiares e amigos de Olavo, levantou questionamentos ao brasileiro. Em determinado momento, referindo-se a Paulo Guedes como “o cara de Chicago”, Bannon teria ficado preocupado em que ele impedisse o avanço de “ideias nacionalistas” no Brasil.

O executivo do mercado financeiro Gerald Brant, ao lado de Olavo, afirmou que o mercado ama Bolsonaro, mas Bannon rebateu dizendo que “o mercado financeiro ama o capitão Bolsonaro, mas eles amam mais a Escola de Chicago”. Perguntou se Olavo teria influência sobre Guedes, ao que Olavo balançou negativamente a cabeça. A filosofia de Olavo e o Curso Online de Filosofia também foram objeto da curiosidade de Bannon.

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Quem é Steve Bannon

Aos 65 anos, Steve Bannon, nascido em Norfolk, na Virgínia, foi banqueiro, produtor de filmes e executivo de mídia, além de manter o site político Breitbart, descrito por ele como “a plataforma da alt-right (direita alternativa)”. O site foi envolvido em polêmicas acusações de racismo, xenofobia e até antissemitismo, mas Bannon se licenciou dele para assumir funções na Casa Branca.

Depois de dirigir a campanha presidencial, ele se tornou assessor político, assistente e estrategista-chefe do governo Trump, posições que ocupou até 5 de abril de 2017, quando foi demitido. Bannon foi influenciado por autores como René Guénon, esotérico islâmico importante na Escola Perenialista, e o também esotérico Julius Evola.

Hoje, ele coordena uma iniciativa chamada O Movimento. A ideia é constituir uma coalizão de forças nacionalistas e populistas “de direita” ao redor do mundo, com líderes e partidos contrários ao “globalismo”, ao avanço chinês e à União Europeia – e, naturalmente, ele está muito interessado em ter Bolsonaro como integrante do time.

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